O que acontece quando morremos?
Desde sempre que a morte nos
fascinou pelos bons ou maus motivos, dependendo de personalidade para
personalidade, a morte pode ser encarada como algo positivo, ou seja um
incentivo à vida e ao seu aproveitamento, ou pode ser também encarada como algo
assustador, natural e horrível.
Vários ditados originários do latim como, “Memento Mori” (Lembra-te da morte) e “Carpe Diem” (Aproveita o dia/momento),
lembram-nos exaustivamente que por mais que tentemos evitar, não à escape (pelo
menos na atualidade), à morte.
Embora a reação à morte possa ser
variável, o fascínio por este acontecimento, fez com que variados pensadores,
filósofos e até o cidadão comum, tenham vindo a sentir curiosidade e encanto
desde o início das civilizações.
Por isso neste artigo, procuro
investigar o que realmente acontece quando morremos.
Vida depois da morte?
Embora existam cada vez mais
análises científicas, que põem em causa a possibilidade de existir vida depois
da morte e fomentam um número crescente de dúvidas, uma sondagem em 2014 feita
a cidadãos do Reino Unido, concluiu que aproximadamente 60% dos indivíduos
questionados, acreditam que existe parcialmente ou inteiramente, alguma parte
de nós que perdura no tempo.
Do mesmo modo, uma investigação nos
Estados Unidos da América elaborada em 2015, questionou os inquiridos sobre o
que pensavam que acontecia após a morte. Sendo a sociedade Americana muito
ligada ao catolicismo as respostas apresentam uma faceta curiosa e relativamente
expectável.
Na sondagem, 72% dos americanos
acreditam que irão para o Céu / Paraíso, descrevendo-o como o local que irá
receber as pessoas que viverem vidas justas e respeitosas. No entanto, 54% dos
Americanos acreditam na existência do Inferno, descrevendo-o da maneira
tradicionalmente conhecida e doutrinada, ou seja, como um lugar cruel para onde
vão as pessoas “más”.
Estes exemplos de investigações
referidas acima, mostram que por mais que a ciência avance, a fé será
maioritariamente vista como um escape da incerteza da morte, ou seja, uma forma
de acalmar o desespero sentido para com a morte, pelo facto de ainda ninguém
conseguir caracterizar o que acontece para lá do último batimento do coração.
De um modo mais simples, a fé
representa uma espécie de resguardo, ou porto seguro das situações que
desconhecemos, até porque já está mais que comprovado por diversas situações da
humanidade, que os humanos receiam o desconhecido e o incompreendido.
Vários tipos de morte?
Médicos sabem que alguém morre quando o coração pára de bater
e consequentemente é cessada qualquer atividade elétrica no cérebro, resultando
em morte cerebral. Máquinas permitem
que um sujeito com morte cerebral, consiga sobreviver por mais algum tempo, com
as suas funções a serem artificialmente auxiliadas.
Outro tipo de morte bastante comum é denominado de morte cardíaca, que consiste na paragem
do coração, que acaba por impossibilitar qualquer fluxo e distribuição de
sangue pelo corpo.
Algo muito intrigante é o facto de vários pacientes, que
foram reanimados com sucesso, afirmarem que estavam conscientes do seu redor,
outros testemunharam a presença de uma luz.
É possível sermos reanimados da chamada morte clínica, mas por apenas uns 4 ou 6 minutos, após estes
minutos dá-se a morte biológica, o
estado definitivo e irreversível da morte.
Como reage o corpo à
morte biológica?
Após a morte definitiva, os músculos relaxam assim como o
esfíncter, acabando por serem expelidos os resíduos internos, assim como os
gases e conteúdos da bexiga. Enfermeiros dizem também ouvir frequentemente sons
emitidos pelos cadáveres quando trabalham junto dos mesmos. É regular ver os
cadáveres a mexerem-se devido a espasmos e contrações musculares.
As manchas de cor roxa escura que aparecem nos corpos dos
mortos, são também uma consequência, quase imediata à paragem do fluxo
sanguíneo, e denomina-se por “Livor Mortis”.
Isto acontece devido à acumulação do sangue estagnado, em diversas partes
do corpo.
Pouco tempo após a morte, e com a circulação sanguínea
inexistente, o corpo começa a arrefecer lentamente até atingir a temperatura
circundante, “Algor Mortis”. Ao Fim
de 2 a 6 horas, o corpo começa a ficar rígido e hirto, fenómeno denominado por “Rigor Mortis”, e acontece porque o
cálcio alcança as células dos músculos, e as células acabam por morrer aos poucos, pois apenas
funcionam quando existe sangue a circular, iniciando-se assim o crescimento de
bactérias e a decomposição.
Com o início da decomposição os tecidos e pele começam a
perder elasticidade, surgindo bolhas e rugas pelo corpo. Chega então a fase da
Putrefação, que consiste no período em que as bactérias e micro-organismos, se
começam a alimentar, começando a serem libertados cheiros fortes e
nauseabundos.
De seguida, todos os tecidos e órgãos moles, liquidificam-se,
restando apenas ossos, cabelos e cartilagens, que possuem uma maior resistência.
O tempo de decomposição
pode variar?
Quando deixado na superfície, ou seja, sem o corpo ser
sepultado, levará apenas aproximadamente um mês até estar completamente liquidificado
e comido por larvas, insetos, plantas e animais.
Por outro lado, quando o corpo está enterrado, especialistas
dizem que pode demorar entre 8 e 12 anos até o cadáver estar reduzido apenas a
um esqueleto, levando aproximadamente 50 anos até os ossos estarem decompostos
e fazerem parte integral da terra.
Obviamente, é necessário apontar que o tempo que a decomposição
de um corpo demora, está dependente de milhares de fatores, desde a
localização, temperatura, climas e muito mais.
O mistério continua!
Este tema é tão perturbador e simultaneamente intrigante que
um filósofo irlandês, George Berkeley pôs a própria vida em perigo, com o
intuito de tentar perceber o que realmente existe além da morte.
George Berkeley, enforcou-se intencionalmente, para sentir uma
experiência mais próxima da morte, tendo um amigo ao lado pronto a salvá-lo no limite.
Após essa experiência, o filósofo admitiu crer que existe algo entre o
céu/paraíso e o planeta terra.
Uma coisa é certa, ainda ninguém conseguiu descobrir, ou
voltar ao mundo dos vivos para explicar o que existe para lá desta barreira,
por enquanto este mistério mantém-se ativo, e a fé continua a ser o escape mais
escolhido pelas pessoas, para tentar proporcionar alguma compreensão à morte.
Quem sabe se reencarnamos. Quem sabe se estamos presos num
ciclo infinito onde estamos condenados a viver a mesma vida eternamente, sem
termos memória das vidas anteriores. Quem sabe se realmente existe um paraíso
ou um inferno. Talvez sejamos apenas uma simulação num computador avançado…
PS: Aconselho os
leitores que gostaram deste artigo e acharam o mesmo intrigante, a lerem outro
artigo escrito por mim presente no Blog Politicamente Incorretos, denominado
de, “Será que vivemos numa simulação? Somos uma simulação?”. Este artigo
promete questionar até as coisas mais simples, do mesmo modo ou até mais
profundamente que este artigo. Obrigados leitores!
Gostei muito do texto. Realmente faz pensar sobre "a morte", mas admito que até ler este post não pensei grande coisa sobre este assunto. Quando chegar lá logo se vê se realmente "há vida depois da morte" :)
ResponderEliminarBeijinhos, Brenda
http://momentosdeataraxia.blogspot.com/
Eu, Tiago Queirós, agradeço imenso em nome dos P.I, o facto de ter lido este artigo, e comentado! Apelo para que deixe gosto na nossa página no facebook e siga o Blog, caso não queira perder nenhum artigo. Mais uma vez, muito obrigado.
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