A Freira: O maldito Filme
Aviso: O texto que se
segue poderá conter «Spoilers»
Recentemente acabei por ter, a infelicidade, de assistir ao
filme “The Nun: A Freira maldita” e
permitam-me dizer, mas que filme mais… dececionante.
Antes de analisar o filme propriamente dito, acho importante
dar àqueles que estão mais distraídos uma pequena sinopse do filme:
“Quando
uma jovem freira enclausura da numa abadia na Roménia se suicida, um sacerdote
com um passado assombrado e uma noviça no limiar dos seus votos finais, são
enviados pelo Vaticano para investigar este acontecimento. Juntos descobrem o
segredo profano da Ordem, arriscando não só as suas vidas mas também as suas
próprias almas e fé. Confrontam ainda uma força maléfica na forma de freira
demoníaca – a mesma que aterrorizou os espetadores em “The Conjuring 2 – A
Evocação” - enquanto a abadia se transforma num terrível campo de batalha entre
os vivos e os condenados às trevas.”( disponível em https://mag.sapo.pt/cinema/filmes/the-nun )
Tudo parecia bem encaminhado para ser uma sessão bastante
divertida pois primeiro, iria assistir ao filme com um grupo de amigos, coisa
que como todos sabemos costuma ajudar a elevar estes filmes pois permite uma
constante brincadeira entre o grupo; outro ponto positivo era o enorme
entusiasmo em torno do filme, que foi várias vezes catalogado como o “filme mais assustador de sempre”, mas
infelizmente foi apenas uma promessa não cumprida.
Com tudo isto, devo vos dizer que tinha alguma curiosidade
para ver o filme. Apesar de por muito estranho que pareça as minhas expetativas estavam muito baixas.
Mas vamos ao filme em si, eu até gostei do início do filme,
pois este consegue quase de imediato dar a perceber os perigos que os
personagens irão correr, e cria um clima de tensão até que interessante.
Ainda nos aspetos positivos do filme temos o seu aspeto
visual, mas que filme bonito visualmente. Mas não é só bonito, este visual
também fala, em alguns momentos, como quando, mostra a imponência do convento
mas ao mesmo tempo consegue deixar no ar que algo se passa de estranho lá
dentro, ou quando deixa de lado a imponência e focaliza só no que de errado se
passará no seu interior.
Continuando a onda de elogio gostei de alguns apontamentos
de guião, como as pistas que são deixadas, por exemplo, quando a Irmã Irene
está a contar, ao Padre Burke, que teve sonhos onde tinha visões
sobrenaturais que acabavam com a frase
“Maria, mostra o caminho” e depois a única reza das “restantes” freiras é o Avé Maria era uma pista que o filme nos
estava a dar, mas que muitos não percebemos com certeza.
Gostei também da forma como o humor foi introduzido na Estória, dando um ou outro alivio cómico à situação, por exemplo quando depois
de ser salvo por Frenchie o padre Burke lança uma piadinha; ou quando após
criticar a atitude dos habitantes da aldeia, que ao falarem do convento cospem
no chão, este quando é o momento de entrar no convento faz exatamente o mesmo,
claro que há outros exemplos durante todo o filme.
Mas infelizmente este filme acabou por estragar tudo quando
foi a hora da verdade pois no que toca ao terror foi de longe muito fraquinho,
a mim parece-me, que os guionistas não se decidiram se queriam um terror
psicológico ou um mais de “jump-scares”, e
acabou por não ser nem um nem outro, ou melhor, pendeu mais para o segundo mas apenas
conseguiu ser genérico, aliás, saiu-se pior que isso, por e simplesmente não
assustou. (Claro, que se, se distraírem
com alguma coisa na sala mais interessante que o filme, que não é difícil, aí
sim irão dar um pulo da cadeira, acreditem que foi isso que me aconteceu, nunca
pensei que a luz da saída de emergência fosse tão interessante).
E o guião que coisa mais simples e direita, as personagens
são pouco ou nada aprofundadas, e o guião muitas vezes facilita a vida às
mesmas. Ou quando as (personagens) faz muito burras para no momento a seguir as
pôr como absolutamente geniais, por exemplo, a insistência para que estas se separem principalmente quando estão
a chegar “à porta do inferno”, para no momento a seguir mostrar a genialidade
da Irmã Irene ao colocar o “Sangue de Jesus” na boca para o cuspir na Freira.
Outro aspeto negativo é a insistência da Freira aparecer
sempre da mesma forma, ou seja, ou de forma lenta e com cerimónia, ou num ponto
cego das personagens. Claramente pronta para os assustar, e consegue fazê-lo
sempre, mas sempre. O problema é que só assusta as personagens.
Passando à analise do atores eu até gostei da prestação
deles:
Jonas Bloquet como Franchie: é para mim uma personagem quase
sem interesse, devido ao guião, mas que dá um alivio cómico bastante bom ao
filme e acaba por cumprir aquilo que lhe é pedido.
Demian Bichir como Padre Burke: Vive bem o personagem, dando
sempre a entender que este esconde algo sobre o seu passado que o atormenta,
mais uma vez, o guião não ajuda pois explora pouco o seu personagem, que este
parece ter entendido muito bem.
Bonnie Aarons como a Freira: é demoníaca, acho que é o
elogio mais correto que se pode fazer, apesar de o filme quase se esforçar por tentar
destruir a sua imagem de ser maligno, esta sempre que aprece cumpre o papel e
terrível satã que tem a sua responsabilidade.
Taissa Framiga como Irmã Irene: tem uma atuação, quase
magistral , tentar dar à sua personagem qualidades que o guião teima em lhe
tirar, e sempre que entra em cena acaba por a roubar para si, sem dúvida que
durante a aqueles 90 minutos de filme, vocês vão se esquecer da Talissa é só se
vão lembrar da Irmã Irene, pois estas são uma. Atenção, eu não sou um fanboy, de Taissa aliás foi a primeira
vez, que vi de forma séria, esta jovem a atuar e devo dizer que fiquei fã.
Quanto ao restante elenco cumpre com tudo aquilo que tem de
fazer de forma competente.
Como puderam ver eu não gostei muito deste filme, apesar de
lhe apontar um ou outro aspeto positivo, este acaba por nem poder ser chamado
de um genérico filme de terror, pois quase chega a nem ser desse género.
Francisco Gomes 25/09/2018
Fogo, estou espantada... Eu amei este filme!
ResponderEliminarEu, Francisco Gomes, agradeço, em nome do Blog, o seu comentário. No entanto, como pôde ler no artigo, não partilho da mesma opinião, mas cada tem o direito à sua própria opinião, ainda para mais o facto de este ser um tema muito subjetivo. Para mais conteúdo deste género ou de outro, pode deixar o seu gosto na nossa página de Facebook e subscrever o nosso Blog. Obrigado.
EliminarConcordo! Fui ver o filme em 4D para me assustar ainda mais e acabei por nem 1 susto levar, de terror não tinha nada. Mas achei a história interessante para percebermos de onde a freira aparece! Bom post :)
ResponderEliminarwww.edepoisdoclick.com/blog
Obrigado pelo seu comentário, em meu nome, Francisco Gomes, e em nome de todos os membros do Blog. Concordo com o seu ponto de vista, e esperemos que o próximo filme deste universo, seja melhor. Para mais conteúdo, pode subscrever o nosso Blog ou deixar o seu gosto na nossa página de Facebook, para ficar a par de mais artigos. Obrigado
EliminarAinda não vi :)
ResponderEliminarSigo!
https://the-choice-26.blogspot.com/