Avançar para o conteúdo principal

Toque de Mestre!


Toque de Mestre!

Resultado de imagem para futbol
Não, não é sobre o gesto técnico de Rui Vitória (toque de calcanhar) que vos venho falar hoje, mas sim sobre o jogo da 7ª jornada da Liga NOS, que foi o SL Benfica – FC Porto, que terminou com a vitória dos encarnados pela margem mínima (1-0).

Antes de passar a falar do clássico em si, só reforçar (e não sou o único a dizer isto, mas enfim, parece que isto nunca vai mudar) que não é preciso haver tanta confusão e tensão durante estes dias de clássicos. É uma imagem negativa para o nosso futebol, ainda existirem estes maus momentos de conflitos entre adeptos de ambas as partes, mas não irei ser eu a fazer isso mudar (posso ajudar, mas não irei fazer isso sozinho com tanta casmurrice por parte de todos os adeptos).

Passando agora para o clássico de ontem (domingo, dia 7), este não foi um jogo muito vistoso, muito também por causa do conhecimento mútuo dos pontos fortes de cada equipa. Resumidamente, as duas equipas souberam anular-se uma à outra, não permitindo a nenhum dos intervenientes, aquela imensidão de ataques excelentes que estes grandes providenciam aos seus adeptos.

Começando pela primeira parte, o dito jogo jogado não foi por aí além, e não houve muitas situações de perigo. Apesar de se ter visto pouco SL Benfica e pouco FC Porto, foram os encarnados quem mais procurou o golo (apesar das escassas oportunidades). O número de faltas foi desnecessário (já os cartões deveriam ter sido mais exibidos durante a primeira parte). Ora, de um modo geral, esta primeira parte foi uma espécie de coxos contra mancos.

Quanto à segunda parte, notou-se um SL Benfica ligeiramente mais forte que os dragões, e ao continuar a procurar sempre mais o golo que o FC Porto, acabou por conseguir marcar (aos 62 minutos) por Seferovic, a passe de Pizzi (num lance de 3 toques). Foi um olhar de mestre que o português teve para dar a bola (e o golo) ao suíço, que sentenciou a boa sorte de Casillas nos clássicos contra o SL Benfica. E foi mais ou menos a partir desse golo, que o (chamado) “equilíbrio” voltou a surgir. Mas é preciso ver que quando o FC Porto começava a aproximar-se da área benfiquista, os adeptos começavam a ver a sua vida a andar para trás (muito por causa dos últimos clássicos, onde o SL Benfica nunca ganhou por causa de pormenores nos momentos finais de jogo. Coisa que não aconteceu aqui.

E, não estava (nada) nos meus planos falar sobre a arbitragem (ou falta dela), mas como ela foi má, vai ter de ser. Fábio Veríssimo até nem começou mal a partida, mas a sua exibição “equilibrada” fez-se notar pouco, pois enquanto que o primeiro cartão foi exibido para Grimaldo aos 9 minutos (e bem, pois o espanhol fez falta para cartão), o primeiro do FC Porto foi aos 19 minutos para Casillas, por atrasar o jogo (quando tinham existido lances anteriores iguais ou piores ao de Grimaldo, feitos por jogadores do Porto, que tinham de ter visto amarelo mais cedo, principalmente Otávio). Não estou aqui a lançar suspeitas acerca de ninguém, mas a mim (e eu vi o jogo) queria-me parecer que o árbitro tinha (alegadamente) o jogo inclinado (mas quem sou eu para dizer tal coisa). E a mim, a expulsão de Lema pareceu-me um pouco forçada (agora que o Luisão se foi embora é que os centrais decidem ser ainda mais brutos do que ele era).

Quanto (e só para reforçar) aos jogadores, destaco, quanto às boas exibições, e no SL Benfica, Rúben Dias (pelo controlo na defesa), Grimaldo (que apesar de amarelado conseguiu estar ao seu nível) a par de Cervi, Pizzi (que continua a demonstrar a sua excelente visão de jogo, e não é à toa, pois em queda fez o passe que deu o golo a Seferovic), o próprio Seferovic (que passou de mal-amado a super-estrela) e Lema (que poderia ter tido melhor “nota” se não tivesse sido expulso). Quanto aos do FC Porto, destaco Éder Militão (pela segurança na defesa) e Danilo (que controlou bem o miolo). Quanto às más exibições, Samaris e Alfa Semedo (que não tiveram tempo para mostrar seu nível de jogo) da parte do SL Benfica, e Maxi Pereira (pela fraca exibição “contra” Pizzi), Otávio (que se fartou de fazer faltas a torto e a direito, e é aqui que eu reclamo da arbitragem) Brahimi, Marega e Soares (pela fraca exibição ofensiva num jogo em que a qualidade destes era necessária). Acrescento Sérgio Oliveira, Corona e André Pereira ou pelo pouco tempo de utilização ou pelo fraco jogo, que permitiu ao Benfica fazer o que queria.

Não foi a melhor exibição de nenhuma destas equipas, mas este clássico vai ficar (para sempre, e ninguém o poderá negar) marcado pela primeira vitória do Rui contra o FC Porto num clássico.

Um FC Porto aquém do esperado pelos seus adeptos contra um SL Benfica a (tentar) melhorar de semana a semana. Para os dois há muito trabalho a fazer, mas talvez um tenha que trabalhar mais que o outro se quiser ser campeão.

O SL Benfica regressa agora à liderança do campeonato (a par do SC Braga), um FC Porto em terceiro que precisa de uma remodelação do seu estilo de jogo e uma equipa de arbitragem (jovem nestas andanças) que precisa de mais experiência para arbitrar jogos deste nível.

Resultado de imagem para benfica-porto

André Ferreira                       08/10/2018

Comentários

  1. Esperemos que seja para manter (ou melhorar!) este nível de jogo. Temos uma boa equipa, um excelente guarda-redes, boas condições para vencer.

    https://theincompletediary.blogspot.com/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Em nome dos Politicamente Incorretos, e eu, André Ferreira, em especial, agradeço o facto de podermos ter a sua ajuda para podermos evoluir. Quanto ao seu comentário também espero o mesmo. E para mais artigos destes ou outros é só deixar o seu gosto na nossa página de Facebook ou subscrever diretamente o nosso Blog. Obrigado

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

A Origem do Dia das Bruxas | Halloween

A Origem do Dia das Bruxas | Halloween A tradição do Halloween ou Dia das Bruxas, capta a atenção de cada vez mais praticantes, estando a crescer e a ser adotada por países um bocado por todo o mundo. Este dia é interpretado como assustador e misterioso por uns e divertido e entusiasmante por outros, mas afinal de contas, qual é a sua origem? Qual a origem do Halloween? O termo Halloween, teve a sua origem marcada no século XVII, e é uma abreviatura de raízes escocesas, das palavras “All Hallows´Eve”, que significa “Noite de todos os Santos”. A sua comemoração, tem descendência, de uma antiga celebração praticada pelo povo celta, que habitava toda a Europa há cerca de 2000 anos.  Esta celebração, denominava-se por Samhain, e simbolizava o fim do Verão, e o início do novo ano celta, no dia 1 de novembro. Os celtas olhavam esse espaço entre os anos, como um tempo mágico. Tradição ligada aos mortos? Nesse tempo mágico (dia 31 de outubro), acreditava-se que

Quando não existe eficácia, mais nada pode ajudar

Quando não existe eficácia, mais nada pode ajudar Maus resultados trazem infelicidade ao plantel encarnado Apesar da vitória, no último jogo frente ao CD Tondela, por 1-3, os adeptos ainda não esqueceram o pior momento do clube, que em 4 jogos perdeu 3. E este mau momento do Benfica pode ser explicado pela falta de eficácia demonstrada pelos jogadores encarnados. Mas para chegarmos ao ponto atual do clube da Luz, temos de remontar até à data onde Jonas se lesionou, no final da época passada. Tudo se dá no dia 7 de abril, quando o Benfica ia jogar, em Setúbal, contra o Vitória FC. Foi neste dia que Jonas se lesionou tendo sido substituído, daí para a frente por Jiménez. Dessa jornada para a frente, só as derrotas que desapontaram muitos adeptos (a primeira frente ao FC Porto, que perdeu por 0-1, e a segunda frente ao CD Tondela, esta derrota por 2-3, ambas as derrotas sofridas no Estádio da Luz). Ora, nesse espaço de tempo em que não havia Jonas, Jiménez não fez mais que

Será que vivemos numa Simulação? Somos uma Simulação?

Será que vivemos numa simulação? Somos uma Simulação? Como é possível distinguir a realidade de algo que não existe? Nós próprios existimos e somos reais? O que é a realidade? Será que nós temos realmente poder sobre as nossas escolhas? Com estas questões inicio este artigo que te fará certamente questionar a tua posição relativamente á realidade. Quando alguém diz que possivelmente vivemos numa simulação ou até que somos mesmo uma, a reação mais comum é um riso como se tratasse de uma barbaridade sem qualquer fundamento. A verdade é que por mais estranho que possa parecer a certas pessoas, essa ideia está cada vez a ganhar mais ênfase conforme a tecnologia é desenvolvida. Atualmente vivemos num mundo onde os computadores, dispositivos, smartphones e até carros têm mais poder de processamento (inteligência) do que alguma vez na história tiveram. Hoje uma simples tarefa pode ser concretizada instantaneamente enquanto no passado a mesma poderia levar dias ou

A vontade de fazer muito, a preguiça de fazer nada

A vontade de fazer muito, a preguiça de fazer nada O verão dá-nos mais tempo livre do que provavelmente qualquer outra parte do ano, mas esta característica muitas vezes valorizada pela generalidade das pessoas, pode também ser um obstáculo. Passo já a explicar o porquê de considerar todo este tempo livre, como uma espécie de obstáculo. Pelo facto de estarmos sujeitos a este período alargado de descanso (férias), falando pelo menos na minha situação, a cabeça não pára de pensar em maneiras de ocupar e preencher o tempo. Ora muito bem, imediatamente a seguir à discussão mental das atividades a efetuar, somos invadidos por uma enorme preguiça, que nos faz adiar de certo modo, a vontade de levar a cabo tal ideia, face a todo o tempo ainda disponível. A verdade é que acabam os dias por passar, sem nós termos realizado muitas das coisas previamente pensadas, infetando-nos com uma leve sensação de insatisfação abstrata e complexa de descrever.   O primeiro passo para co

Casal da Treta: De chorar a rir

Casal da Treta: De chorar a rir Hoje vou fazer a analise de uma coisa diferente daquilo que é o habitual, isto é, de uma peça de teatro. E como podem ver pelo título, essa peça será o Casal da Treta protagonizada por Ana Bola e José Pedro Gomes. Esta peça surge como complemento da trilogia iniciada com a peça, a serie, o livro e o filme “Conversa da Treta”, se bem que o filme chamava-se “Filme da Treta”, mas isso agora não interessa. Em “Conversa da Treta” José Pedro Gomes protagonizava o seu eterno Zézé e era acompanhado por Toni interpretado pelo saudoso António Feio. A segunda peça desta trilogia foi Filho da Treta em que José Pedro, mais uma vez como, Zézé regressava, mas desta vez acompanhado por António Machado, que fazia de Júnior, filho de Toni. Mas agora, e passando ao que me trouxe aqui, desta vez José Pedro Gomes, regressa com o seu icónico Zézé e desta vez vem, como disse em cima, acompanhado por Ana Bola que faz de sua mulher chamada de Détinha . Antes