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A Origem do Dia das Bruxas | Halloween


A Origem do Dia das Bruxas | Halloween

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A tradição do Halloween ou Dia das Bruxas, capta a atenção de cada vez mais praticantes, estando a crescer e a ser adotada por países um bocado por todo o mundo. Este dia é interpretado como assustador e misterioso por uns e divertido e entusiasmante por outros, mas afinal de contas, qual é a sua origem?

Qual a origem do Halloween?

O termo Halloween, teve a sua origem marcada no século XVII, e é uma abreviatura de raízes escocesas, das palavras “All Hallows´Eve”, que significa “Noite de todos os Santos”. A sua comemoração, tem descendência, de uma antiga celebração praticada pelo povo celta, que habitava toda a Europa há cerca de 2000 anos. 

Esta celebração, denominava-se por Samhain, e simbolizava o fim do Verão, e o início do novo ano celta, no dia 1 de novembro. Os celtas olhavam esse espaço entre os anos, como um tempo mágico.

Tradição ligada aos mortos?

Nesse tempo mágico (dia 31 de outubro), acreditava-se que os fantasmas dos mortos, desciam à terra. Tal acontecia, pois, a barreira entre a vida e a morte, estava especialmente fina e próxima, uma da outra.

O Samhain, está diretamente ligado aos mortos, fantasmas, espíritos e fogo, visto que eram acendidas grandes fogueiras no topo das colinas Irlandesas e Escocesas, com o objetivo de purificar as pessoas e as terras, e também para honrar os mortos. Essas mesmas fogueiras, serviam também como algo para afastar, bruxas, demónios, maldade e espíritos malévolos, assim como fazer com que os fantasmas dos mortos regressassem ao submundo.

Com a expansão da religião católica, o vaticano uniu uma celebração santa com as tradições celtas, resultando no dia de todos os santos, dia 1 de novembro, marcando-o como um dia focado no ato de honrar e relembrar os mortos.

Como surgiu a prática da Doçura ou Travessura?

Por estes períodos os povos também pregavam partidas, e usavam em diversas regiões, máscaras feitas de crânios e pele de animais, para que passassem despercebidos pelos fantasmas e espíritos. Algumas partidas, consistiam por exemplo no roubo de portões por crianças. As crianças usavam também máscaras de modo a esconder a sua identidade.

Esta prática teve origem no facto de certas crianças, andarem de casa em casa, a cantar, rezarem orações em nomes de familiares falecidos e dizerem piadas, sendo que recebiam várias vezes recompensas, tais como alimentos, bolos da sorte e por vezes dinheiro. Cada gratificação recebida pelas pessoas, representava a libertação da alma de uma pessoa do inferno, assim como do castigo eterno.

Com a continuidade da tradição do Halloween, as traquinices, tornaram-se cada vez mais violentas e gravosas, acabando por fazer com que a prática da doçura ou travessura, começa-se a ser usada como chantagem, para com as pessoas. Este vandalismo, causava um pânico geral na sociedade.

Donos de lojas, e vizinhos davam doces ás crianças, para as subornar, e evitar que as mesmas vandalizassem, as suas propriedades, sendo por esta razão motivadas a andar de porta em porta.

O uso das abóboras, tem origem na lenda irlandesa, do Jack Avarento, (Stingy Jack). Antes das abóboras, eram esculpidas caras em nabos e batatas, de modo afastar o Jack. Mas apenas começaram a ser usadas, após a chegada de imigrantes Irlandeses à América.

O Halloween é lucrativo?

O Halloween, possui dimensões tão alargadas, e mostra-se uma indústria em crescimento, sendo por isso considerado o segundo feriado mais lucrativo nos Estados Unidos da América, sendo o primeiro o natal.

Anualmente são gastos pelos americanos, mais de 2.5 bilhões de dólares, em fatos e decorações. Se juntarmos a essa quantia todo o dinheiro gasto em doces, pode-se estimar que os Americanos gastam cerca de 6 bilhões de dólares neste evento.

Todas as histórias e lendas ligadas ao dia das bruxas, ajudam a contextualizar as suas verdadeiras raízes e motivações. Mas tendo em que conta que existem milhares de lendas e teorias, é calculável, que esta festividade, possua segredos, ainda por descobrir.

Agora já sabes mais sobre este dia sombrio.

Tiago Queirós      01/11/2018

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