Amor= Palavra pequena
Significado tão grande
Neste dia 14
de Fevereiro, em que se celebra(quem tem) o dia dos namorados ou dia de S.
Valentim, como quiserem, decido fazer uma publicação especial para realizar uma
abordagem a um tema que faz parte da vida de todos nós, a uns mais e a outros
menos, embora eu ache que seja na nossa adolescência e juventude que este
assunto nos “bata” com mais força, pois são as duas alturas na vida em que
estamos mais à descoberta e com espírito de risco e aventura.
Estou a falar do
amor, esse sentimento que nem todos vemos da mesma maneira, que não existe uma
ciência exata para o explicar e ver e que em certas alturas na nossa vida nos
faz ir ao céu e outras vezes ao inferno, a primeira opção acontece quando a
pessoa amada nos assume que gosta de nós e quer namorar connosco, a segunda
acontece quando a pessoa amada nos rejeita ou… começa a namorar com outra
pessoa(pior ainda quando essa pessoa não a merece tanto como nós).
A meu ver
nos dias de hoje, o amor está em crise e está a tornar-se algo banal. Eu disse
a poucas que ia fazer esta publicação, mas houve uma que me disse assim: “Não
Jorge, o amor não está em crise, o que pode estar em crise são os
relacionamentos sérios e assim, porque o sexo e as curtes estão em alta!”, mesmo
assim não concordo porque têm saído estudos recentes a dizer que a atual
geração de jovens é a que menos faz sexo desde há décadas e prefere estar nas
tecnologias… portanto como vemos até o sexo na juventude está em crise e as
“curtes” podem servir para satisfazer o momento, mas acaba por tornar um
relacionamento amoroso algo banal, pouco sério e sem significado.
Falando em
concreto do assunto, para mim o amor está desacreditado por muitos dos nossos
jovens, sobretudo por duas situações recorrentes que muitas vezes observamos no
nosso dia-a-dia:
1. Um rapaz e uma rapariga conhecem-se,
começam a falar, a partilhar os seus gostos, a encontrar-se mais vezes e
ganharem confiança um no outro. Que acontece depois? Para a rapariga, tudo isto
foi algo fantástico e prometedor para o futuro, talvez um futuro relacionamento
e essa é a sua vontade e desejo, embora possa ou não o manifestar. Mas para o
rapaz, tudo aconteceu de forma natural entre a rapariga e ele, ganhou uma
“confiança masculina” brutal com a atração que ele pensa que a rapariga sente.É nesta altura, que muitos rapazes diferentes se mostram ou oportunistas ou
confusos desagradáveis. Os oportunistas pensam que esta será a “hora h” para
uma “curte” ou para durante mais tempo usar esta rapariga para o prazer e
quando se fartar, parte para outra!
Claramente, comer e deitar fora. Já os
confusos desagradáveis acobardam-se na hora de dar o passo em frente, com
razões legítimas e outras muito estúpidas. Basicamente neste exemplo, o rapaz
conquista o coração de alguém para depois fugir, a rapariga termina a chorar,
de coração partido e a sarar as feridas por tempo indeterminado. Uma história
em que no fim, só o rapaz foi à sua vida e rapariga sai defraudada e muitas
vezes toma uma opção errada para o futuro.
2. Um rapaz e uma rapariga conhecem-se
de um modo absolutamente casual (trabalho de grupo por exemplo) e por força das
circunstâncias começam-se a dar. Corre tudo normalmente como no primeiro
exemplo, mas desta vez há uma diferença fulcral. O rapaz é sério, leal,
verdadeiro, romântico e ao se sentir atraído pela rapariga acredita que esta
pode ser a sua oportunidade de namorar, mostrar todo o seu valor e fazer feliz
uma princesa. A rapariga, devido à má experiência que viveu no primeiro
exemplo, está em um de dois modos. Ou passou a achar que todos os rapazes são
“farinha do mesmo saco”, insensíveis, oportunistas, manipuladores e que todos
pretendem o mesmo objetivo(sexo e bons tempos), ou reconhece que são todos
diferentes mas… só tem reservas e medo de sofrer outra vez.
Já para não falar
daquelas que nunca foram amadas de verdade e decidem se agarrar ao primeiro
pirralho giro que lhes apareça, sem ver que há rapazes a sério por aí
escondidos e também desiludidos pela falta de compreensão e oportunidades. No
fundo, neste caso a rapariga devido à sua frieza, pessimismo, por vezes má
interpretação e também falta de conhecimento, acaba por erradamente considerar
que o rapaz que acaba de lhe dizer que gosta dela devido a tudo o que ela tem
de bom e a mais algo inexplicável que só se sente, afinal poderá ser só um
“garanhão” armado em bom que só a quer “comer”. E assim se perdeu uma bonita
história.
Se as
raparigas soubessem o quão mal isto está ajuizado, veriam a quantidade de
rapazes sérios e honestos que sofrem com isto! Já viram? Tanto sonho, vontade e
até trabalho de um cavalheiro para no fim… morrer na praia, ser mal
interpretado e podendo até ser mal visto. Aqui falo de nós(rapazes) em relação
às raparigas, porque o vice-versa elas são as melhores para falar.
Falando
agora não só por mim, mas também pelos meus amigos e companheiros de
Blog(André, Francisco e Tiago) e não nos querendo fazer de vítimas ou algo
assim, não temos dúvidas em nos incluir neste lote de rapazes. Porquê? Embora
cada um de nós os quatro tenha diferentes personalidades, gostos e perspetivas
acerca da nossa “rapariga ideal”, há claramente entre nós um ponto convergente
e até ações semelhantes: nunca tratámos uma rapariga como objeto, vamos
entregar-nos ou já nos entregámos por inteiro numa relação, nunca traímos ou
vamos trair a nossa princesa, sonhámos e sonhamos uma relação amorosa digna de
registo e apesar de cada um de nós já ter sofrido as suas desilusões neste
campo(algumas com consequências quase trágicas) nunca mudámos os nossos valores
correspondentes ao amor e interesse por uma rapariga!
Por isso,
temos nojo dos palermas que as magoaram com traições, manipulações e até
violência, porque é por causa desses indivíduos que somos nós depois a levar
com a “porta na cara” de raparigas por acharem que cada um de nós faz parte do
mesmo campeonato dos abutres. Não!
Porque como
rapazes sérios, achamos que uma rapariga a sério merece o nosso respeito,
compreensão, espaço, liberdade, lealdade, fidelidade, cuidado, coragem,
honestidade, carinho e acima de tudo… ser amada como uma mulher de verdade!
Tudo isto
dado por nós e retribuído pelo setor feminino, tudo seria perfeito. É neste
amor e entrega que acredito e acreditamos, pois é por aqui que se faz a
diferença pela positiva num mundo cada vez mais selvagem e cruel!
Para
terminar só digo isto: muitos querem entrar(temporariamente) na vida de uma
rapariga só para a pôr no seu vasto currículo, nós queremos entrar na vida de
uma rapariga para escrever a nossa página na história da vida dela por motivos
e acontecimentos inesquecíveis!
Jorge Afonso 14/02/2018
Adorei o post, no momento atual que vivemos sou uma das pessoas que acreditam que o amor esta banalizado. e consequentemente desacreditado.
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