Amor= Palavra pequena
Significado tão grande
Parte 2
Em
consequência dos pensamentos que falei na publicação anterior, confesso que não
resisto em partilhar convosco a minha última história em relação a uma rapariga
que gostei muito, ou melhor… gosto muito.
Embora
admita que no pensamento dos nossos leitores e pessoas em geral, esta minha
partilha possa não ser válida, bonita ou politicamente correta, não resisto em
a fazer até como relativo desabafo emocional. Caso contrário, o nosso blogue
não teria o nome que tem.
Não foi há
muito tempo que a conheci, conheci-a através de circunstâncias obrigatórias
embora também… estranhas. Obrigatórias porque ficou deliberado ao acaso que
teríamos de fazer uma tarefa em conjunto, e estranhas porque… eu não sabia quem
ela era. Curiosamente quando o questionei(quem ela era), ela estava mesmo atrás
de mim e no momento em que olhei para trás… não vi uma rapariga, mas vi sim uma
das mulheres mais bonitas que vi até hoje na minha vida! No momento, confesso
que fiquei embaraçado com a situação e mais embaraçado fiquei quando fui ter
com ela para falar sobre a tarefa e as suas companhias se começaram a rir com a
minha aproximação, mas tudo correu bem. Foi este o nosso primeiro contacto. Não
posso dizer que senti amor à primeira vista, mas que ficou algo especial cá
dentro… Sim ficou!
Após o
primeiro contacto e um curto e agradável convívio num jantar onde ambos
estivemos presentes(lado a lado na mesa, curiosamente), lá fomos para a
realização da tal tarefa. Foi aqui que houve mais conversa, convívio e até
partilhas sobre quase tudo, tudo em diversos dias e foi aqui… que me comecei a
apaixonar. Comecei a sentir algo que já não sentia desde há muito tempo.
Durante o tempo que passei com ela, conheci uma rapariga culta, com
conhecimento(aquela classe a ler um livro durante uma aula), um charme
particular, gentileza, uma personalidade forte, alguma experiência de vida,
algum sentido de humor, uma timidez especial, abertura, uma beleza inigualável…
digo sinceramente que até os defeitos dela parecem virtudes.
Sendo eu um
coração mole, fico facilmente atraído por um ser feminino assim. Foi nesta
altura que surgiu da parte dela, aquelas coisas que nós(rapazes) nunca
percebemos se são sinais ou não do outro lado(raparigas). Como é evidente, eu
não posso ficar indiferente a frases como: “És inteligente!”, “Posso confiar em
ti? Tu também podes!” e sobretudo “O que tu tens, eu não tenho e o que tu não
tens, eu tenho, a gente completa-se!”(inesquecível), tal como não posso ficar
indiferente a atos, como ela gostar que eu a acompanhe a casa(depois de nas
primeiras vezes ter dito que não era necessário), gostar que a acompanhe nas
compras e lhe dê sugestões sobre tudo ou nas despedidas, eu já não puxar pelos
dois beijinhos como nas primeiras vezes, porque passou a ser ela a fazê-lo.
No final
disto tudo, para além da tarefa ter sido realizada(e bem), ficou a dúvida:
estas frases e atos todos dela, não querem dizer nada?... ou querem dizer tudo?
Embora a aproximação não tenha sido total, pois recusou dois cafés(talvez num
momento pouco adequado) e nunca chegou a responder bem a uma sugestão de estudo
em conjunto.
Depois de
todos estes acontecimentos, dei por mim a sentir algo muito forte, a sentir
algo aqui dentro quando a via(e vejo), a ter sonhos em que a pessoa entra(coisa
rara em mim) e a ter de ser forte quando estava ao pé dela durante dia, onde me
faltava a criatividade e a capacidade para uma boa conversa, mas fraco e muito
pensativo quando chegava a casa, onde pensei muito nela e sobre o que havia de
fazer para a conquistar. Apesar de… depois de num dia ter conseguido o número
de telemóvel dela para futuros contactos, foi inglório, porque reparei que ela
estava nas mensagens com outro rapaz.
Houve uma
noite em que não aguentei mais… e chorei muito. Não sou pessoa de tal ato, mas
aqui se vê o quão ela era especial para mim através disto e apesar de já ter
gostado de muitas belezas femininas, só chorei por duas raparigas… ela foi uma
delas.
Aqui perdi a
paciência para um futuro investimento e fiquei com vontade de lhe dizer o que
sentia, pois já não aguentava mais! Na semana em que estava a planear lhe dizer
o que eu sentia, por coincidência, num dia apanhámos o mesmo autocarro. Apesar
de perceber perfeitamente que não era o sítio ideal para o fazer, nada impedia
uma boa conversa e companhia, mas depois… veio o balde de água fria! Vem ao pé
de mim, cumprimentamo-nos e trocamos algumas palavras até chegar o autocarro,
depois… ela pergunta-me se me lembro de um rapaz que já me tinha falado(o mesmo
das mensagens), digo que sim e diz-me que ele foi ter com ela à cidade onde ela
estuda… percebe-se logo o que isto quer dizer. Aqui fiz uma das coisas que mais
me custa na vida, fiquei magoado e desfeito por dentro com aquelas palavras,
mas por fora tive de sorrir e fazer de conta que de nada sei e que ficava feliz
por ela.
Mas tenho de
assumir uma coisa, também senti muita injustiça e porquê? Eu não conheço esse
rapaz, não sei como é, o que gosta, que lutas é que travou na vida e até admito
que possa ser bom tipo, mas falando do que sei apenas, fez duas coisas que a
meu ver um rapaz a sério não pode fazer, como por exemplo amuar com a rapariga
e se afastar um pouco dela só porque ela não vê as séries de TV(ou algo
parecido) que ele vê e até criticar despropositadamente a caligrafia dela. Na
hora da conquista, erros menores como estes podem ser fatais, como lhe cheguei
a dizer uma vez, “a beleza das coisas está nos pormenores”. Foi aqui que senti
e pensei coisas que se traduzem em duas frases: ”Eu que jamais faria estes
erros, que adoro-a e respeito-a independentemente dos seus gostos e faria muito
por ela pois tenho imenso de bom para lhe dar e afinal… o recompensado é o
outro?” ou “Que injusto é isto! Com que direito é que o outro individuo fica à
minha frente depois disto?!”. Eu bem sei que amor e justiça muitas vezes são
contrários e não sinónimos, mas aqui houve injustiça… peço desculpa, mas sinto
que sim
Ia como
disse, lhe dizer que gostava dela e o que sentia por ela, mas assim, com o que
ela me disse fiquei com o discurso vazio e fiquei em silêncio até ao dia desta
publicação. Tenho que dizer que todo este “processo” e como acabou, foi das
coisas que mais me custou nos últimos tempos… Até porque, ela foi a minha
“crush” desde que ando na universidade.
Procuro ser
justo e respeitador, mas também não sou hipócrita ou seja, claro que ela tem
direito a escolher, a ser feliz e “andar” com quem quiser, sem dúvida! Nada,
nem ninguém pode combater isto se for o que a rapariga quer. Mas caramba!
Também tenho o meu direito à tristeza, injustiça e indignação por essa escolha
e por não ter sido eu o escolhido e o felizardo, quando o queria ser e porque a
merecia muito mais. Mas pronto, assim foi…
Tudo assim
ficou até hoje, mas confesso que não me conformei com esta “derrota”, não só
porque o meu interesse por ela é anterior ao namoro deles, mas também porque me
questiono: “se eu tivesse dito o que eu queria dizer, será que o desfecho era o
mesmo?”.
Não sei, até
porque ela nunca soube do meu sentimento declaradamente, embora não saiba se
alguma vez topou. Não sei se aqueles sinais de que falei, significavam que ela
até podia gostar de mim e só nunca mais alimentou essa ideia ou sentimento
porque eu nunca o manifestei ou demonstrei muito o que sentia(porque ser
obsessivo com isto e forçar encontros pode ser prejudicial e eu nunca o quis, e
que tudo entre nós fosse natural). Não sei o que pensou ou pensa o outro
lado(ela) sobre o que se passou nesta altura, só sei que foi muito difícil para
mim.
Faço esta
revelação e desabafo nesta publicação, não só porque não aguentava mais o
segredo mas também porque há rapazes na mesma situação ou parecida que eu,
porque não são só as raparigas que sofrem por amor, em que o sentimento, sonho
e desejo é muito mas o jeito para a conquista é pouco.
Como revelam
dois excertos de duas músicas conhecidas: “Eu não sei o que é que te ei de dar,
nem te sei inventar frases bonitas, mas aprendi uma ontem só que já me esqueci…
Então olha gosto muito de ti!” e “But I do know that I love you, and I do know
that if you love me too, what a wonderful world this would be”.
Para
concluir, só digo que apesar de no principio ter achado que tinha perdido e não
teria hipótese em relação a ela, confesso que não fiquei com a certeza disso
nem a tenho. Nem sei se esta publicação, para além de ter dado para ser
compreendido, se hipoteticamente terá sido o desbloqueador para algo… se ela a
ler, porque pelo que já soube… ela é seguidora do nosso blog! Também não sei,
se ela perceber que é dela que falo aqui, se me irá condenar ou no mínimo
perceber. Nada que uma boa conversa(se ela entender) não resolva, termine tudo
na melhor e assim continue depois.
Pode até nem
acontecer nada, mas uma coisa é certa: Devemos andar com quem gostamos de
verdade e quando duas pessoas têm de ficar juntas, ficam! Quando não se consegue,
a vida continua e chegará a nossa vez de sermos felizes com alguém ao lado que
amamos! E acima de tudo… sentir amor não é crime!
Jorge Afonso 16/2/2018
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