Avançar para o conteúdo principal

A Época Da Falsa Solidariedade


A Época Da Falsa Solidariedade
Resultado de imagem para natal
Imagem Representativa da Época Natalícia

Já chegou novamente aquela época do ano, onde de repente se lembram todos que não podemos apenas olhar para o nosso umbigo. Uma altura onde surge dos locais e pessoas mais improváveis, uma vontade infeciosa e brutal de ajudar os mais necessitados e participar em campanhas solidárias.

Embora não duvide que uma pequena quantidade destes projetos solidários, são realmente genuínos e estão assentes em valores e desejos honestos, infelizmente a quase totalidade dos esforços e ações solidárias, não possuem fundamentos nobres.

O que referi em cima aplica-se na minha opinião maioritariamente às maiores corporações que têm o poderio económico e político para publicitar e divulgar, através de diversos modos, inclusive televisivos, estes eventos ao público.

Estes movimentos solidários são na integra jogadas de relações públicas camufladas no mediatismo da época natalícia. Uma questão que muitas pessoas não sabem é que com a elaboração destas campanhas as próprias organizações têm lucros enormes, pois por exemplo, na produção de Cd´s infantis solidários, os artistas que gravam, fazem muitas vezes estes trabalhos gratuitamente, ou seja, sem custos para a organização.

Face a isto apenas uma pequena parte destes lucros revertem a favor dos necessitados, sendo que a outra quantia fica em posse de privados. Com isto não estou a dizer que os fundadores destas ações são todos desonestos, apenas serve como exemplo para reforçar a ideia que quase ninguém dá nada sem querer algo em troca.

Estas campanhas têm realmente o poder de ajudar instituições, mas será que esta vertente mais capitalista da obtenção do lucro, é mesmo necessária?

Tendo em conta que a maior parte dos organizadores de projetos de voluntariado ou solidariedade, são organizações privadas de grandes dimensões, pode-se aceitar que esta competitividade financeira seja natural. Isto apesar de tudo, e antes que contestem o que referi neste texto, estou ciente que entre existir ajuda ou não existir, é óbvio que mesmo com esta vertente menos purista, é melhor existir auxílio.

Vários fatores influenciam a opinião e pensamento do consumidor relativamente a produtos solidários, deste o seu posicionamento na loja, cores e muito mais, fazendo com que as pessoas sintam uma espécie de pressão psicológica e moral, para ajudar, rendendo-se assim à vontade de comprar o produto, mesmo sem ter essa necessidade.

Escrevi este artigo não com o objetivo de rebaixar as campanhas solidárias, mas sim para alertar as pessoas que face a este tema, não é tudo tão bonito quanto parece, nem tudo é feito apenas por simplesmente boa vontade.

A época natalícia é usada como um meio para tornar mais subliminares estes aspetos mais “gananciosos”, e forçar de certo modo o público geral a aderir a estas ações, justificando este envolvimento com base nos sentimentos mais abordados no natal, como por exemplo, empatia, entreajuda, solidariedade etc…

Espero que este artigo tenha informado mais os leitores do blog sobre este tema. Obrigado!

Tiago Queirós      23/11/2018

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O pior Roast de sempre

O pior Roast de sempre Antes de ir ao texto, gostava de dar as boas-vindas à nova membro do blog, a Joana Simões. Sim amigos, eu sei que há temas mais interessantes, ou pelo menos mais atuais para falar, mas primeiro o André Ferreira já falou da liga. Mas tens o Porto na Champions, podias falar disso, dizem vocês. Podia, mas para desastres já basta este Roast, e o Macaco está nas duas (sim, é verdade) e ainda há a greve dos motoristas de matérias perigosas, mas eu já estou tão farto desse tema que, pura e simplesmente não vou falar disso. Mas indo ao que interessa, no passado domingo, a TVI, achou por bem transmitir o Roast ao José Castelo Branco e foi diferente do habitual e isso não quer dizer que tenha sido mau, quer dizer… enfim, já lá vamos. Primeiro vou analisar os intervenientes individualmente e depois passarei à análise global  do Roast, em si: A Pipoca Mais Doce, ou Ana Garcia Martins, como quiserem dizer, foi a anfitriã deste Roast, uma das muitas figura