Game of Thrones: A
Song of Ice and Fire
“When you play the game of
thrones, you win or you die.” – Cersei Lannister
Game
of Thrones é uma série norte-americana, emitida pela HBO. Baseada na saga de
livros A Song of Ice and Fire, de
George R. R. Martin, é uma das séries mais vistas não só em Portugal, como
também em todo o mundo. Mas afinal de contas, o que é que esta série tem de tão
especial?
Para
além dos dragões, os episódios de incesto, a luta pelo tão desejado trono e os
temidos White Walkers, ela abarca uma
série de temáticas que podem ser muito discutidas e que refletem alguns
comportamentos da sociedade em que vivemos.
Ao
longo do primeiro episódio e dos próximos até ao final da 1ª temporada, a série
limita-se a apresentar-nos a história principal e a caraterização das
personagens.
Começando
por fazer um breve resumo, a história passa-se no continente de Westeros, e tem como protagonistas as
casas Stark, Lannister e Targaryen.
O
primeiro episódio começa da forma mais simples e confusa possível: um soldado
de Winterfell a fugir de uns indivíduos que parecem uma mistura de fantasmas
com zombies, conhecidos como White Walkers.
A
história propriamente dita começa quando Jon Arryn, a Mão do Rei (o conselheiro
mais próximo do monarca), é assassinado e o Rei Robert Baratheon (Mark Addy) convida
o seu velho amigo Ned Stark (Sean Bean) para ser a nova Mão. Juntamente com a
sua família, Ned deixa Winterfell e parte para a capital, King’s Landing, para
ajudar Robert a governar os Seven Kingdoms.
Um
dos momentos mais marcantes e que de certo, contribuem para o desenrolar da
história, ocorre quando o filho mais novo de Ned, Bran (Isaac Hempstead-Wright),
está a brincar, quando espreita por uma janela e vê a rainha, Cersei Lannister
(Lena Headey), na cama com o irmão gémeo Jaime (Nikolaj Coster Waldau), o Kingslayer. Assim que este nota a
presença de Bran, empurra-o pela janela, e o rapaz estatela-se a uns bons
metros de altura. Porém, ele sobrevive.
Robb
(Richard Madden), o filho mais velho de Ned, fica a guardar o Norte, e Sansa
(Sophie Turner) e Arya (Maisie Williams) vão com o pai para King’s Landing.
Rickon (Art Parkinson), o mais novo, fica um pouco esquecido na história
durante as primeiras temporadas. Jon Snow (Kit Harington), o bastardo que Ned
teve de uma mulher desconhecida, é recrutado para a Night’s Watch (Patrulha
da Noite), um exército de homens que juram guardar até à morte a grande Muralha
de gelo que separa os Seven Kingdoms dos “Selvagens”.
Na
sua investigação às causas da morte de Jon Arryn, Ned descobre que os Lannister
estiveram envolvidos no caso, e que nenhum dos filhos de Cersei pertence a Robert.
Entretanto
Catelyn (Michelle Fairley), a mulher de Ned, manda prender o anão Tyrion (Peter
Dinklage) - irmão de Cersei e Jamie, desprezado durante toda a vida pela sua
família -, acusando-o de estar envolvido na conspiração para matar o seu filho
Bran.
Entretanto,
no continente de Essos, separado por Westeros pelo Mar Estreito, Viserys (Harry
Lloyd) e Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), filhos do rei anterior (o falecido
Mad King), lutam pelos seus
interesses. Os irmãos sonham recuperar o trono, no entanto, são os últimos da
sua linhagem e vêem-se sem apoiantes. Sem qualquer meio para conquistar o poder,
Daenerys é obrigada a casar com Khal Drogo (Jason Momoa), chefe dos guerreiros
Dothraki, para conseguir um exército para o seu irmão. Como prenda de
casamento, Daenerys recebe três ovos de dragão petrificados. O mais
interessante é que os dragões são uma espécie extinta há centenas de anos em
Westeros.
A
temporada conta com uma sequência de demais eventos que vão definir o destino
das personagens. Para ficarem a par de toda a história, terão que ver a série
completa. 😉
As
cenas de guerra, de ação, o suspense
que carateriza o final de cada episódio, a cinematografia sensacional que nos
faz saltar para dentro do ecrã e visitar todos os locais onde se desenrola a
história, são os pontos que, sem dúvida merecem mais destaque. Depois, a
complexidade com que a história é contada, que é deliciosa e nos faz querer ver
mais e mais.
Quanto
às personagens, todas elas são também bastante sofisticadas e, ao assistir, é
como se nos conseguíssemos colocar na posição de cada uma delas. Todo o cast é bastante talentoso. Os atores
foram mesmo “escolhidos a dedo”.
O desejo
incessante pela conquista do poder, caraterizado pela personagem Cersei
Lannister; os momentos de descontração que nos fazem soltar uma gargalhada,
proporcionados por Tyrion Lannister; a representação da liberdade e da
independência que vemos à flor da pele de Daenerys; e o heroísmo e a bondade de
Jon Snow, a que nos rendemos. É precisamente o caráter das personagens que
torna a série tão dinâmica. Em praticamente todas as séries/filmes, a partir da
caraterização das personagens, conseguimos prever os seus próximos passos. Em
Game of Thrones, não é bem assim. É tudo muito incerto e ficamos rendidos a
cada plot twist. Talvez seja isso que
torna a série tão especial e diferente de todas as outras.
Outro
aspeto a salientar, é o facto de os diretores e o próprio guionista Gorge R. R.
Martin, não terem medo de arriscar. Por algum motivo são conhecidos por matar
as personagens favoritas do público… Mas isto tem um propósito, e só vendo a
série é que o conseguimos compreender. As decisões de cada uma das personagens,
têm sempre consequências, sejam elas boas ou más.
Ainda
só tive oportunidade de começar a ler o primeiro volume da saga de livros A Song of Ice and Fire. Contudo,
pretendo continuar, pois, tenho pesquisado mais sobre ela e difere um pouco da
série. Apresenta histórias mais desenvolvidas sobre o passado das personagens e
outros pontos de vista da trama.
A
série está no ar desde 2011 e, infelizmente, encontra-se na reta final. A 8ª e última
temporada estreia em 2019, ainda sem data definida. Até lá, convido-vos a verem
esta série maravilhosa que, com certeza, vos irá surpreender!
“Never forget what you are, the
rest of the world will not. Wear it like armour and it can never be used to
hurt you.” – Tyrion Lannister
Joana Simões 27/05/2018
Os membros do blogue Politicamente Incorretos agradecem à autora deste artigo por ter aceite o nosso convite e ter escrito para o nosso espaço.
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