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O Natal do Século XXI

O Natal do Século XXI

Ora meus amigos, venho infeliz manifestar um desânimo cada vez mais profundo que tenho vindo a sentir relativamente á época natalícia e relativamente ao que a mesma outrora representou e representa.

Embora o núcleo central, desta festividade seja frequentemente apresentado como um período onde os sentimentos sobrepõem-se a qualquer outro aspecto, há um visível fomento e expansão do materialismo.

Bondade, Generosidade, Carinho, Empatia, Humildade, Gratificação, entre outros são aspectos que segundo a filosofia mais conservadora e tradicional do natal são considerados essenciais para um bom e saudável aproveitamento do mesmo.

Por outras palavras um natal mais “politicamente correto”, tem como base a solidariedade, ou seja, retribuir e ajudar outras pessoas.

Embora a maioria das sociedades tenham esses conceitos bem enraizados na sua mente, uma grande maioria esquece-se de os por em prática quando surge a oportunidade.

Enquanto antes fazíamos uma boa ação por pura generosidade hoje em dia apenas a fazemos para ficar bem na fotografia e recebermos gostos no Facebook.

 A informação referida anteriormente leva-nos a outro ponto, sendo ele o facto de as populações num modo mais geral estarem a converter-se em seres superficiais e ignorantes, valorizando mais as aparências e pondo de parte o que verdadeiramente é relevante, a personalidade de cada um.

Quando perguntamos aos mais jovens, o que mais gostam do natal, uma das respostas mais usuais é automaticamente gritarem, “as prendas!”, esta resposta comprova certas afirmações escritas ao longo deste texto, representando também a facilidade com que os nossos filhos se deixam infectar pela “doença” do materialismo.

Como ser humano, e pecador penso que ao dar-mos mais importância a objectos apenas estamos a iludir-nos a nós próprios, nós precisamos urgentemente de acordar para a realidade, pois deste modo, quando nos aperceber-mos que errámos já é tarde de mais.



Tiago Queirós                 6/12/17
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