Avançar para o conteúdo principal

A (In)justiça Portuguesa

A (in)justiça portuguesa

“Domvs Ivstitiae” Esta frase e esta imagem estão presentes em todos os todos os tribunais. Os dois são muito simbólicos; a frase que se traduz por “palácio da justiça” e a imagem que nos transmite uma justiça cega, equilibrada e justa. Pois era isso que se pretendia, mas não me parece que tenha tido sucesso.

Bem vamos lá começar como esta tragédia, o mal da nossa justiça começa logo na constituição quando esta diz de sua verdade “nenhum cidadão português pode ser privado de liberdade por mais de 25 anos seguidos”.

Vejamos por este ponto de vista, alguém que mata uma pessoa tem uma pena até 25 anos. E pergunto eu e alguém que mata 5? Respondem-me vocês pela lógica tem 125 anos =5 X 25, ou seja, prisão perpétua, mas só é perpétua se essa pessoa morrer até 25 anos depois do crime. Pois em Portugal é igual matar 1 ou 20 pessoas.

E depois temos algumas lacunas na própria lei como o excesso de burocracia, o facto de incendiários coitadinhos não fazerem mal a ninguém, uma tal de pena suspensa que pode ir até aos 5 anos que não tem lógica nenhuma, entre muitas outras coisas.

Temos também o facto das vitimas serem o menos importante em detrimento do criminoso, ou de outra coisa qualquer. (aconselho-vos a verem o que o Hernâni Carvalho diz sobre esta parte em especifico, mas só depois de acabarem de ler).

E por fim os ótimos e extraordinários juízes lusitanos que quase nunca acertam; desde juízes que dizem que o adultério é razão para espancar alguém, outro que diz que um policia não corre risco de vida quando conduzem uma carrinha a alta velocidade para cima dele ,que  a culpa de um menor ter sido morto numa fuga era do policia e não do pai que levou o filho para um assalto, outro diz que sexo depois dos 50 não vale para nada, outros ainda dão a fuga aos prisioneiros, são apenas alguns dos casos Salgados que só podem ser explicados pelo filosofo parisiense Sócrates.

Eu não acho que os juízes/ magistrados têm culpa de tudo pelo menos eu quero acreditar que eles fazem o que consideram justo. Mas eu fico francamente triste por viver num país onde a balança está desequilibrada, a senhora justa é tão cega que nem a justiça vê, tem uma espada que não corta nada e vive no barraco da justiça.

Por fim só dizer que podem vir á vontade com aquelas tretas de se uma pessoa roubar 50 € vai presa, mas se for um doutor a roubar 50 milhões de euros não lhe acontece nada. Para mim o que está mal aqui, é o facto de o doutor não ter sido preso e não o facto de o que roubou menos ter sido preso e o outro não. 

Mas claro que percebo que casos como este indignem as pessoas e as façam duvidar da justiça. Pois se isto acontece poderemos dizer que existe uma justiça para ricos e outra para pobres?

Imagem relacionada

Francisco Gomes   6/12/2017  

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Origem do Dia das Bruxas | Halloween

A Origem do Dia das Bruxas | Halloween A tradição do Halloween ou Dia das Bruxas, capta a atenção de cada vez mais praticantes, estando a crescer e a ser adotada por países um bocado por todo o mundo. Este dia é interpretado como assustador e misterioso por uns e divertido e entusiasmante por outros, mas afinal de contas, qual é a sua origem? Qual a origem do Halloween? O termo Halloween, teve a sua origem marcada no século XVII, e é uma abreviatura de raízes escocesas, das palavras “All Hallows´Eve”, que significa “Noite de todos os Santos”. A sua comemoração, tem descendência, de uma antiga celebração praticada pelo povo celta, que habitava toda a Europa há cerca de 2000 anos.  Esta celebração, denominava-se por Samhain, e simbolizava o fim do Verão, e o início do novo ano celta, no dia 1 de novembro. Os celtas olhavam esse espaço entre os anos, como um tempo mágico. Tradição ligada aos mortos? Nesse tempo mágico (dia 31 de outubro), acreditava-se que

Quando não existe eficácia, mais nada pode ajudar

Quando não existe eficácia, mais nada pode ajudar Maus resultados trazem infelicidade ao plantel encarnado Apesar da vitória, no último jogo frente ao CD Tondela, por 1-3, os adeptos ainda não esqueceram o pior momento do clube, que em 4 jogos perdeu 3. E este mau momento do Benfica pode ser explicado pela falta de eficácia demonstrada pelos jogadores encarnados. Mas para chegarmos ao ponto atual do clube da Luz, temos de remontar até à data onde Jonas se lesionou, no final da época passada. Tudo se dá no dia 7 de abril, quando o Benfica ia jogar, em Setúbal, contra o Vitória FC. Foi neste dia que Jonas se lesionou tendo sido substituído, daí para a frente por Jiménez. Dessa jornada para a frente, só as derrotas que desapontaram muitos adeptos (a primeira frente ao FC Porto, que perdeu por 0-1, e a segunda frente ao CD Tondela, esta derrota por 2-3, ambas as derrotas sofridas no Estádio da Luz). Ora, nesse espaço de tempo em que não havia Jonas, Jiménez não fez mais que

Será que vivemos numa Simulação? Somos uma Simulação?

Será que vivemos numa simulação? Somos uma Simulação? Como é possível distinguir a realidade de algo que não existe? Nós próprios existimos e somos reais? O que é a realidade? Será que nós temos realmente poder sobre as nossas escolhas? Com estas questões inicio este artigo que te fará certamente questionar a tua posição relativamente á realidade. Quando alguém diz que possivelmente vivemos numa simulação ou até que somos mesmo uma, a reação mais comum é um riso como se tratasse de uma barbaridade sem qualquer fundamento. A verdade é que por mais estranho que possa parecer a certas pessoas, essa ideia está cada vez a ganhar mais ênfase conforme a tecnologia é desenvolvida. Atualmente vivemos num mundo onde os computadores, dispositivos, smartphones e até carros têm mais poder de processamento (inteligência) do que alguma vez na história tiveram. Hoje uma simples tarefa pode ser concretizada instantaneamente enquanto no passado a mesma poderia levar dias ou

A vontade de fazer muito, a preguiça de fazer nada

A vontade de fazer muito, a preguiça de fazer nada O verão dá-nos mais tempo livre do que provavelmente qualquer outra parte do ano, mas esta característica muitas vezes valorizada pela generalidade das pessoas, pode também ser um obstáculo. Passo já a explicar o porquê de considerar todo este tempo livre, como uma espécie de obstáculo. Pelo facto de estarmos sujeitos a este período alargado de descanso (férias), falando pelo menos na minha situação, a cabeça não pára de pensar em maneiras de ocupar e preencher o tempo. Ora muito bem, imediatamente a seguir à discussão mental das atividades a efetuar, somos invadidos por uma enorme preguiça, que nos faz adiar de certo modo, a vontade de levar a cabo tal ideia, face a todo o tempo ainda disponível. A verdade é que acabam os dias por passar, sem nós termos realizado muitas das coisas previamente pensadas, infetando-nos com uma leve sensação de insatisfação abstrata e complexa de descrever.   O primeiro passo para co

Casal da Treta: De chorar a rir

Casal da Treta: De chorar a rir Hoje vou fazer a analise de uma coisa diferente daquilo que é o habitual, isto é, de uma peça de teatro. E como podem ver pelo título, essa peça será o Casal da Treta protagonizada por Ana Bola e José Pedro Gomes. Esta peça surge como complemento da trilogia iniciada com a peça, a serie, o livro e o filme “Conversa da Treta”, se bem que o filme chamava-se “Filme da Treta”, mas isso agora não interessa. Em “Conversa da Treta” José Pedro Gomes protagonizava o seu eterno Zézé e era acompanhado por Toni interpretado pelo saudoso António Feio. A segunda peça desta trilogia foi Filho da Treta em que José Pedro, mais uma vez como, Zézé regressava, mas desta vez acompanhado por António Machado, que fazia de Júnior, filho de Toni. Mas agora, e passando ao que me trouxe aqui, desta vez José Pedro Gomes, regressa com o seu icónico Zézé e desta vez vem, como disse em cima, acompanhado por Ana Bola que faz de sua mulher chamada de Détinha . Antes