Globos de (Assédio
d’)Ouro
Numa altura
em que a indústria do cinema sofre de acusações de assédio, chega um momento em
que os atores, realizadores, produtores, etc, podem sorrir. Pelo menos alguns
deles.
No passado domingo,
a Califórnia recebeu a 75ª edição dos Golden Globes (apresentada por Seth
Meyers), onde, uma vez mais (e porque galas deste tipo é o que não faltam)
foram homenageadas as artes. O apresentador tentou entreter o público,
ironizando sobre o tema quente que Hollywood vive neste momento, os assédios
sexuais, mas, também, um tema que, há anos existe na indústria, a desigualdade
de géneros.
Ao longo da
cerimónia várias estatuetas foram entregues, e com as estatuetas há discurso, tendo
sido o melhor discurso da noite, feito por Oprah Winfrey, em que colocou a
plateia de pé a aplaudir o seu discurso.
Passando
agora para a lista de premiados, quer o cinema quer a televisão, foram
galardoados, e apesar de várias interpretações, nos respetivos filmes ou séries,
apenas pode ganhar um.
No cinema, alguns
dos galardoados foram os filmes “Três Cartazes À Beira Da Estrada” (como melhor
filme (drama)), “Lady Bird” (como melhor filme (melhor filme (comédia ou
musical)), o realizador Guillermo del Toro (como melhor realizador (“A Forma da
Água”)), os atores Gary Oldman (como melhor ator (drama) no filme “A Hora Mais
Negra”), Frances McDormand (como melhor atriz (drama) no filme “Três Cartazes À
Beira Da Estrada”), James Franco (como melhor ator (comédia ou musical) no
filme “Um Desastre De Artista”), Saoirse Ronan (como melhor atriz (comédia ou
musical) no filme “Lady Bird”), o argumento do filme “Três Cartazes À Beira Da
Estrada” (como melhor argumento) e o filme “Coco” (como melhor filme de
animação).
Na
televisão, os Globos de Ouro foram entregues a “The Handmaid’s Tale” (como melhor
série (drama)), “The Marvelous Mrs. Maisel” (como melhor série (comédia)), “Big
Little Lies” (como melhor telefilme ou minissérie), aos atores Sterling K.
Brown (como melhor ator (série drama) na série “This Is Us”), Aziz Ansari (como
melhor ator (comédia ou musical) na série “Master of None”), Ewan McGregor (como
melhor ator em telefilme ou minissérie na série “Fargo”) e às atrizes Elizabeth
Moss (como melhor atriz (série drama) na série “The Handmaid’s Tale”), Rachel
Brosnahan (como melhor atriz (comédia ou musical) na série “The Marvelous Mrs.
Maisel”) e Nicole Kidman (como melhor atriz em telefilme ou minissérie na série
“Big Little Lies”).
No final, o
filme “Três Cartazes À Beira Da Estrada” e a série “Big Little Lies”,
arrecadaram mais estatuetas: 4, cada. Obviamente, os meus parabéns para aqueles
que ganharam e para aqueles, que apesar de não terem ganho, tiveram desempenhos
excelentes nos seus respetivos trabalhos.
É certo que
esta altura é muito delicada para falar do tema dos assédios (a desigualdade de
géneros fica para outra publicação), mas vou mostrar aqui a minha opinião. É
certo que ninguém merece ser usado como objeto, principalmente as mulheres,
porém são elas que mais sofrem em todo o mundo (não esquecendo que muitos
homens também sofrem, apesar do número ser menor).
E isto tudo se desenrolou
com uma simples denúncia. Mas a partir de agora, as pessoas sabem que, a
qualquer momento, em que a integridade dessa pessoa esteja em causa, as pessoas
podem denunciar. E é bom que o façam. Pois ninguém digno de se achar humano,
deve pôr em causa a dignidade de uma pessoa.
Ainda é cedo
para se dizer que este tema vai acabar, e espero bem que não, pois há aí muitos
casos que ainda não foram denunciados.
Concluo esta
publicação dizendo que, e apesar de não ser uma área em que eu seja
especialista, já que o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que se
ia recandidatar à presidência dos EUA, gostava de ver uma oposição da grande Oprah
Winfrey, para ver se de uma vez por todas, e já que qualquer pessoa se pode
canditar à presidência dos EUA, o mundo volte a ser o que era antes de Trump
estragar tudo.
André Ferreira 11/12/2018
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