Rio da Mudança
No próximo
dia 13 de Janeiro, o PSD irá escolher um novo líder e consequentemente
legitimá-lo no congresso do partido que irá ocorrer nos dias 16, 17 e 18 de
Fevereiro. Tudo isto pela não recandidatura de Pedro Passos Coelho à liderança
após o fraquíssimo resultado dos sociais-democratas nas eleições autárquicas, o
que é um paradoxo em comparação com o habitual porque normalmente são eleições
para se dar um “cartão amarelo” ao governo e desta vez foi à oposição… não
deixa de ser irónico.
O mais negativo deste processo é que as eleições diretas
e o congresso foram arrastados para um largo período de tempo, até lá a
oposição ao governo por parte do PSD estará morta e só renascerá com o novo
líder.
Existem dois
candidatos, ambos já muito experientes e da “velha guarda” do partido: Rui Rio
e Pedro Santana Lopes. Não sendo eu militante, nem o tradicional votante do
partido e não sendo também social-democrata, vou revelar a minha opinião,
crença e apoio a um dos candidatos.
Em primeiro
lugar, fico satisfeito ao ver que que existem fortes candidatos à liderança do
partido de Sá Carneiro e para mim Rio e Santana são as duas personalidades mais
fortes, carismáticos e competentes do PSD. Inclusive, defendi que em 2016
deveria ter sido Santana Lopes o candidato presidencial da direita e em
alternativa Rui Rio, aqui assumo a minha fraca simpatia política por Marcelo
Rebelo de Sousa.
De seguida, considerava e considero Santana Lopes alguém
experiente, que aprendeu com os erros que cometeu na sua altura de
“adolescência política”, com coragem para se chegar à frente num momento
difícil, sonhador e é alguém que procura e bem sempre um equilíbrio entre a
razão e emoção em política.
Para mim, teria sido um excelente Presidente da
República pela sua experiência, capacidade de diálogo e pela sua ligação no
passado a cargos políticos e recentemente no setor social pela Santa Casa da
Misericórdia.
Já para futuro Primeiro-Ministro, embora me possa enganar não
posso considerar o mesmo, porque Santana Lopes até hoje não mostrou o rigor
financeiro(tirando na Santa Casa) que Rui Rio demonstrou em cargos públicos e a
própria passagem de Santana Lopes pelo governo foi muito infeliz, onde
demonstrou ter pouca mão nos seus ministros e onde ficou célebre o caso em que
Rui Gomes da Silva silenciou o comentador… Marcelo Rebelo de Sousa na TVI.
O
tempo muda as pessoas e acredito que com Santana Lopes assim tenha sido, mas
existem alternativas que nunca tiveram esse poder e o merecem ter.
Do outro
lado está Rui Rio, alguém que durante os anos 90 enquanto deputado anteviu e
chamou a atenção para o endividamento que o país estava a levar, ficou célebre
a sua frase em 2011: “Nós estivemos a gastar os impostos dos nossos filhos”.
Foi alguém que fez uma excelente gestão na Câmara Municipal do Porto, um
equilíbrio entre obra feita e cortes na despesa e onde terminou os seus três
mandatos com contas equilibradas e superavit financeiro.
É alguém que considera
como eu que este regime chegou ao seu limite e que é necessário haver reformas
profundas na Justiça, na Comunicação Social e em outros setores que com o tempo
têm vindo a funcionar pior.
Portanto,
pela sua experiência, rigor, palavra dada, ideias e credibilidade, apoio e
defendo Rui Rio para Presidente do PSD e sobretudo para futuro
Primeiro-Ministro deste país.
Jorge Afonso 8/1/2018
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