Avançar para o conteúdo principal

E no final ... ficou tudo igual

E no final…. ficou tudo igual

Como é de conhecimento geral, no passado sábado, o Sport Lisboa e Benfica enfrentou o Sporting Clube de Portugal, na Luz, em jogo a contar para a terceira jornada da Liga Nos. E é precisamente desse jogo que eu vos venho falar hoje.

Antes de tudo gostava de salientar que este foi um “derby” de “regressos”. De um lado temos, finalmente, o retorno de um ambiente de paz entre os dois rivais de Lisboa (devido à ausência de Bruno de Carvalho). Sem dúvida que, no que toca ao jogo fora de campo, havia paz, se bem que dentro do mesmo não foi bem assim, mas já lá vamos. Outro dos “regressos” foi o voltar aos “derbys” sem Jorge Jesus, que 23 jogos depois (entre os rivais de Lisboa), o técnico português não esteve presente em nenhum dos bancos (obrigado Jorge Afonso pela informação).

Ambas as equipas apresentaram-se envoltas num certo clima de instabilidade, de um lado o Sporting tinha/tem o fator Bruno de Carvalho a criar bastante polémica em torno da equipa e, consequentemente, levando alguma instabilidade; já o Benfica tentava afastar alguma contestação que havia em torno da equipa devido ao empate europeu, que a equipa da Luz deixou acontecer, em casa, frente ao PAOK. Para não falar da ainda maior pressão que estes fatores vieram trazer às equipas.

No que ao jogo diz respeito, as duas equipas apresentaram-se como seria de esperar, tendo em conta as indisponibilidades de ambos os lados, nomeadamente Jonas e Salvio, do lado do Benfica, e do lado dos leões a ausência mais sentida terá sido sem dúvida a de Bas Dost.

Apesar de uns minutos iniciais de dúvida, o S.L.B. acabou por assumir o jogo e ir à procura daquilo que procurava, ou seja, a vitória. Em abono da verdade é importante dizer que o Benfica nunca teve o jogo 100% controlado, pois o Sporting causou perigo mais que uma vez.

O certo é que o jogo foi para o intervalo com o resultado 0-0. A segunda parte parecia uma fotocópia da primeira até certo momento, aos 63 minutos, pois aproveitando um momento de adormecimento do Benfica, o Sporting “apertou” um pouco e teve a ajuda do Central dos encarnados Rúben Dias, que ao cometer um penálti absolutamente infantil, permitiu a Nani, na cobrança, pôr a equipa de Alvalade na frente.

Depois deste golo o treinador das “águias” decidiu arriscar tudo e colocar em campo o avançado Seferovic e aquele que viria a ser o herói da partida para a equipa da Luz, o menino da formação João Félix, que de cabeça iria colocar o resultado em 1-1, aos 86 minutos, o, então, resultado final. Até ao fim, o Benfica bem tentou a vitória, mas foi em vão e não conseguiria alterar o resultado.


Quanto ao melhor e pior de cada equipa para mim são os seguintes:

Melhores do Benfica- Gedson e João Félix. Os dois meninos da formação fizeram um jogo de encher o campo.
Piores do Benfica- Rafa e Ferreyra. Enquanto que o primeiro, apesar de um jogo ofensivo fraco, o extremo ainda ajudou a equipa no processo defensivo, já o avançado recém contratado, para mim, é a coisa mais inútil que existe, apesar do golo na última jornada frente ao Boavista ainda não me mostrou a sua utilidade.

Melhores do Sporting- Salin e Nani. O guardião francês esteve bastante inspirado evitando diversos golos ao Benfica, já o experiente atacante português e capitão do Sporting esteve ao nível do melhor Nani.
Piores do Sporting- Jefferson e Bruno Fernandes. O primeiro a justificar o porquê da vontade do técnico do Sporting o querer “despachar”, já o menino pródigo da época passada não esteve ao seu nível mostrando alguma falta de forma.


Mas no que diz respeito ao pior em campo, este foi sem dúvida o senhor Luís Godinho e os seus assistentes. Mas que atuação miserável, erro atrás de erro, cartões por mostrar (mas que cacetadas foram dadas, principalmente da parte dos leões. Atenção, eu gosto de futebol mais duro, mas isto foi um exagero. Existiu, na minha opinião, muita violência gratuita neste jogo).

Eu acho sinceramente, este resultado injusto, pois o S.L.B merecia ter vencido o encontro, mas o futebol é mesmo assim, muitas vezes o que é justo não é o que acontece.


P.S.: Espero que o ambiente entre os dois rivais continue assim.

Resultado de imagem para futebol


Francisco Gomes                             27/08/2018

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O bolo foi todo para o Centeno

O bolo foi todo para Centeno Mário Centeno foi recentemente eleito Presidente do Eurogrupo. O Ministro das Finanças Português teve apoio da maioria, mas entre outros teve o apoio das quatro maiores economias da Zona Euro- Alemanha, França, Itália e Espanha, como é evidente  só com estes apoios Centeno foi quem ficou melhor posicionado para o cargo. Mas há que dizer que destes quatro apoios, vemos um país que nos últimos seis anos seguiu o mesmo caminho económico-financeiro que nós(Espanha) e é uma vitória também para o país ver como Presidente do Eurogrupo alguém que esteve no executivo de um país que seguiu o mesmo caminho e pela mesma razão vemos o apoio de Itália.  Por motivos diferentes, vimos dirigido a Centeno o apoio de Alemanha e França, duas nações que viram durante o mesmo período Portugal como o “bom aluno da Europa” e agora chegou a recompensa. Centeno eventualmente merece e tem mérito no que lhe está a acontecer, como o tem nas questões internas d...

Frozen 2: o continuar de um legado

Frozen 2: o continuar de um legado O segundo capítulo, da animação baseada no livro a Rainha da Neve escrito pelo autor dinamarquês Hans Christian Andersen (que aliás entra numa   das piadas do filme), chegou aos cinemas e tal como o seu antecessor, veio já estabelecer recordes, sendo a maior estreia, de uma animação em bilhetaria, e deverá consolidar ainda mais esta posição, tendo em conta que ainda não estreou em alguns países, por exemplo o Brasil, onde só chega a 1 de janeiro de 2020. Mas bem, hoje não vou falar dos resultados económicos, mas sim, da minha opinião sobre o filme, por isso aqui vamos: Atenção esta análise estará livre de spoilers. <E> será relativa à versão em português do filme. Mas antes de passar à análise é importante fazer a sinopse do filme: Anna, Elsa, Kristoff, Olaf and Sven, deixam Arandelle e partem para uma floresta mágica milenar, onde tentam encontrar a resposta para o porquê dos poderes de Elsa. Agora passando à animação,...

Jorge Jesus, o herói brasileiro

Jorge Jesus, o herói brasileiro Já algum tempo que não escrevo para o blog, e por isso as minhas desculpas. Mas algo que não escrevo há mais tempo é sobre desporto. E não, não vos venho falar do grande jogo que o Vizela fez, infelizmente, mas sim sobre o homem do momento, que está a levar o Brasil à loucura. Ele não precisa de apresentações nenhumas, e o seu nome é Jair Bolsonaro. Estava a brincar. É mesmo o Jorge Jesus. Se passaram o fim de semana numa caverna, ou decidiram tirar umas férias noutro planeta podem não saber, mas o JJ conseguiu ganhar a Taça Libertadores no sábado, pelo Flamengo. Tornou-se o primeiro português a ganhá-la, mas claro que só poderia ser o irreverente Jorge Jesus, que passo a passo calou a boca a muita gente, e o melhor de tudo, ganhou. Não foi fácil, mas lá conseguiu dar a reviravolta. E no dia seguinte continuou a calar… e a ganhar. No domingo, enquanto o Flamengo festejava a vitória da Libertadores, conseguiu tornar-se campeão brasileiro, graça...

Years and Years: a previsão de um futuro assustador

Years and Years: a previsão de um futuro assustador Years and Years é uma mini-série televisiva da BBC One, criada por Russel T. Davies que estreou em maio deste ano. À semelhança de  Black Mirror e The Handmaid’s Tale , também ela nos apresenta uma visão sobre aquilo que a sociedade do futuro se pode vir a tornar. E tenho a dizer que é bastante assustador.  Reino Unido, pós-Brexit, 2019. É este o período de tempo em que a história arranca. É-nos apresentada a família Lyons, de Manchester: o casal Stephen (Rory Kinnear) e Celeste (T’Nia Miller) e as suas filhas Bethany (Lydia West) e Ruby (Jade Alleyne); o irmão mais novo de Stephen, Daniel (Russel Tovey), casado com Ralph (Dino Fetscher). Há ainda as irmãs de Stephen e Daniel, Edith (Jessica Hynes), a ativista que tem passado muito tempo longe da família, e Rosie (Ruth Madeley), que sofre de espinha bífida e acaba de ser mãe. A avó Muril (Anne Reid) funciona como o centro de união de todos os membros da família, po...

Félix, deixem o miúdo em paz!

Félix, deixem o miúdo em paz! Eu sei que parece um bocadinho contraditório dizer para deixarem João Félix em paz e fazer um texto sobre ele, mas este texto é sobre tudo menos o jovem de 19, ou seja, eu não vou falar da sua qualidade desportiva, ou se ele vale ou não os 120 milhões de euros. Eu hoje, vou falar do circo mediático montado em volta do rapaz. A minha opinião sobre o assunto é simples e a seguinte: eh pá, calem-se um bocadinho. Isto porque, nas últimas semanas, temos sido bombardeados por notícias absolutamente desnecessárias (digamos assim). Títulos como “João Félix vai jantar e paga a conta a amigos”, “Félix festeja em discoteca de Viseu”, entre muitas outras, emitidas, quase todas elas, ou melhor, todas elas, pela CMTV. Quem mais poderia ser? Mas o problema não está nas notícias em si (deixando de lado a análise jornalística), mas sim no que elas representam, ou seja, uma busca acéfala por audiências, usando o nome e a imagem de um jovem de 19 anos, que dá o...