Análise E3 2019 | Xbox: a conferência Sony da E3 2019
Não querendo ofender os fãs da Sony, apenas dei este título porque de todas as conferências, a da Xbox, foi a que mais cativou este ano. Ora, nos outros anos foi, na maior parte das vezes, a Sony, daí a minha comparação, mas não me deem hate por favor fãs da Sony.
Mas ainda
tenho mais uma coisa que vos quero dizer antes de começar a falar desta
conferência, que é, caso esteja a ser a primeira vez que estão a ver esta
rubrica, lembro-vos que saiu, já, um artigo do Francisco Gomes, o primeiro da
rubrica. Podem espreitar aqui.
Agora sim,
vamos lá então ao que interessa, porque tenho muita para vos falar.
Nenhuma das
conferências da E3 teve um início muito chamativo (a não ser a da Devolver, que
mostra sempre algo diferente). O que eu quero dizer com isto é que o início
desta conferência foi com um pequeno vídeo a mostrar o novo nome dos estúdios
de jogos da Xbox (a Xbox Game Studios), e ao fim disto passou logo para o
trailer do jogo The Outer Worlds. Eu bem sei que, e olhando para a da Sony no
ano passado, a Microsoft não quis imitar, mas podiam ter feito uma intro
melhor.
The Outer Worlds
Passando
então a falar deste jogo, este, em termos de sinopse, passa-se num futuro em
que megacorporações passam a transformar planetas alienígenas à luz do planeta
Terra. Quando estava a decorrer uma viagem de um desses navios colónia, este
perde-se, ficando à deriva no espaço. Nisto o personagem acorda e o que ele vê
é que a maioria das pessoas está, ainda, em hibernação. O que o jogador decide
descobrir, é a origem destas corporações, e o jogo vai ter em conta todas as
decisões do jogador, sendo, então, um jogo ramificado. O jogo desenvolvido pela
Obsidian Entertainment e vendido pela Private Division, chega às lojas a 25 de
outubro deste ano.
Dando agora
uma opinião do que já consegui ver, o jogo parece ser interessante, para
aqueles que gostam mais de jogos focados no modo história. Não posso falar nada
sobre a história, porque como podem imaginar, ainda ninguém teve acesso ao jogo,
mas acredito que não seja má. Ter o senão de não dar para jogar no modo
multijogador, é permitido, ao jogador, que possa ser “contratar” qualquer tipo
de pessoas envolventes no jogo, os chamados NPC’s. A nível estético não tenho
muito a dizer. Parece-me um jogo com a qualidade a que os jogos atuais estão a
habituar os gamers. Mas para vos ser sincero, não é um jogo que me atrai para o
comprar, por isso, terei de esperar para ver as opiniões de quem o jogar, para
saber se realmente vale a pena comprar ou não.
Logo após
este jogo, Dom Matthews, diretor comercial e Rahni Tucker, diretora criativa,
apresentaram o mais recente da produtora Ninja Theory, Bleeding Edge.
Bleeding Edge
Um jogo multiplayer
que basicamente nos põe, a nós, jogadores, a lutar contra outros personagens.
Com a opção de multijogador, este jogo é capaz de ser melhor aproveitado no
online. Tem, até agora (mas também não sei se terá mais), 12 personagens que
podemos escolher, e diferentes modos de luta. Entre eles destaca-se o 4vs4. A
nível visual não tenho nada a dizer. Para o tipo de jogo que é, até tem bom
design gráfico, com todos os detalhes que um jogo da nova geração requer. Ainda
não tem data de lançamento divulgada, mas para quem se inscrever no site do
jogo, pode jogar um teste alfa, e experimentar. Não sendo um jogo de história,
que são aqueles que me chamam mais, não sei se o irei experimentar.
Ori and the
Will of the Wisps
Deste, a
única coisa que vos posso dizer é que parece um Super Mario, só que em vez de
lutarmos com o vilão no final, fugimos de monstros grandes o jogo todo. Pelo
menos foi isso que me pareceu. Para vos esclarecer, este é uma sequência do
jogo Ori and the Blind Forest, e mais uma vez, não é um tipo de jogo que me atrai.
Parece interessante, mas não irei gastar dinheiro a comprar este quando existem
outros mais atrativos para comprar. Desenvolvido pela Moon Studios, este jogo
tem data de lançamento marcada para 11 de fevereiro de 2020, e é um exclusivo
Microsoft (este fator também não me permite comprar o jogo, porque não tenho
Xbox).
Minecraft: Dungeons
“Bem, se é
Minecraft podemos construir”. Errado. Neste não vai ser assim. Os modelos de
jogo usados em Minecraft não vão poder ser usados em Minecraft: Dungeons. O que
eu quero dizer é que não vai dar para destruir blocos, construir e criar
coisas. A “única” coisa que se vai fazer é passar pelos quebra-cabeças que o
jogo nos vai pondo, para podermos, então, chegar ao final boss. A nível de
gráficos, para aqueles que jogam Minecraft não preciso de dizer nada, e até
mesmo para aqueles que não jogam, puderam ver no trailer que o estilo de
gráfico, apesar de parecer “antigo”, atrai o jogador.
Com este
artigo parece que eu não gosto de nada, mas não é bem assim. Dos jogos que eu
já falei, todos me parecem interessantes, mas tenho outras preferências.
Star Wars
Jedi: Fallen Order
Mais um jogo
Star Wars, que aqui apresenta a história do começo da extinção dos Jedi. O
jogador vai poder controlar o personagem Padawan Cal Kestis, interpretado por Cameron
Monaghan, que para quem não conhece participou em Shameless ou Gotham. O
Francisco já falou neste jogo no seu artigo da EA, e o que ele disse, eu estou
totalmente de acordo. Também não é um tipo de jogo que me atraia para este
universo de Star Wars. Um jogo solo, que conta com uma rica qualidade gráfica
(também não é por menos tendo a Respawn Entertaiment e a EA por trás do jogo),
e com uma jogabilidade, do que eu tive oportunidade de ver, diferente do
habitual, estando presentes, claro, os poderes Jedi, tem lançamento previsto
para 15 de novembro deste ano, um mês antes da estreia do filme da saga.
Blair Witch
Devo
dizer-vos que não é um tipo de jogo que eu compraria, simplesmente porque não
sou muito fã do género terror. Mas verdade seja dita que pelo trailer, não
percebi bem qual é o rumo que a história quer levar, a não ser aquele cliché
habitual de, se é um jogo de terror, o personagem principal ter de se salvar.
Ok, também com jogos de terror não há muito mais a fazer, em relação a este
fator, mas pelo menos poderiam fazer outra coisa diferente. Se me perguntarem o
quê, não sei responder também, mas acredito que os fãs deste género de jogos
devem ter alguns pedidos em mente. Mas passando à frente, a nível de gráficos
não consegui perceber muito bem como é o que o jogo se vai encontrar no final.
É claro que é um jogo noturno, mas o gameplay não me convenceu com os gráficos.
Não consegui perceber nada de nada do que se estava a passar, mas também, como
o anterior, não estou por dentro deste universo Blair Witch. Mas, no final,
pode ser que esteja enganado. Tem data de lançamento marcada para 30 de agosto.
Cyberpunk
2077
Este sim. Para
mim, foi o melhor jogo apresentado na conferência da Xbox. Foi o que me deixou
mais ansioso para poder jogá-lo. Trailer incrível, com gráficos incríveis. Os
detalhes estão espetaculares, e o design de uma cidade futurista está
brilhante. Toda a equipa envolvida neste jogo está de parabéns. Agora só falta
mesmo analisar a história deste jogo, que vai contar com a presença de, nada
mais nada menos, Keanu Reeves. Praticamente parece um filme, só que aqui temos
a oportunidade de ser nós a fazer a história. Mas hoje em dia, também, os jogos
estão a tornar-se muito, felizmente, numa espécie de filme, o que vai atrair, e
tem vindo a atrair, cada vez mais jogadores. Desenvolvido e vendido pela CD
Projekt, chega às lojas a 16 de abril de 2020. E aqui sim, mal posso esperar
por poder comprá-lo.
E num
momento de calma depois da tempestade que foi Cyberpunk 2077, a Xbox decidiu,
então, apresentar alguns jogos (tipo Arcade), como Spiritfarer, Battletoads,
Rigtime!: The Legend of Wright, ou os inúmeros jogos presentes no Xbox Game
Pass. Microsoft Flight Simulator, também foi apresentado. E o que me fez querer
jogar foi a qualidade gráfica incrível presente no trailer. Se tiverem
oportunidade, pesquisem por este jogo, que a qualidade de imagem está incrível,
ao nível do 4K. Outros jogos menos importantes para a companhia, como
Psychonauts 2 e LEGO Star Wars: The Skywalker Saga. Momentos depois, chega o
trailer de outro jogo pelo qual eu também queria que chegasse.
DragonBall Z: Kakarot
E quando tinha sido anunciado a chegada de um
novo jogo DragonBall Z, não esperava que fosse o que a Xbox mostrou nesta
conferência. Gráficos de DragonBall a que a Bandai já nos habituou, e um
enriquecer daquela que é a melhor história do manga. Se a história for o que o
manga e o anime nos trouxeram, então sim, vai ser um grande jogo. Não tem uma
qualidade de imagem cinematográfica, como outros jogos já apresentados, e
também por causa do tipo e origem de jogo (japonesa), mas não é por isso que
este jogo desaponta neste fator. Quanto à jogabilidade, deve ser parecida a
outros jogos anteriores da saga (como Xenoverse ou FighterZ). Focada no
personagem principal, a história vai ter Son Goku, o Kakarot (chamado por
Vegeta), como foco principal. E parece que o eterno Frieza como vilão. Tem
lançamento marcado para 2020, e parece-me que lá vai o meu dinheiro à vida, com
tantos lançamentos que esta E3 nos deu.
12 Minutes
Aqui devo
dizer que fiquei incrivelmente colado ao ecrã na primeira vez que vi este
trailer. Um thriller que tem à mistura um loop temporal, um assassinato e um
homem que tem de resolver tudo nos loops de 12 minutos. A nível gráfico, e como
é um jogo independente, não está mal de todo. Também não posso reclamar de nada
porque o jogo é feito para ser jogado com a vista de cima. A história tem uma
base bastante interessante, e devo dizer que se tiver oportunidade, irei
jogá-lo, de certeza. Mas atenção que este jogo apenas é jogado em
compartimentos de casa, por isso não esperem poder sair de casa. Ainda não tem
data de lançamento agendada, mas este jogo está a ser desenvolvido por Luis
Antonio e será publicado pela Annapurna Interactive para a Xbox.
Depois deste
jogo, um menos interessante, para mim, Way to the Woods, que conta, ou deve
contar, a história de dois veados que devem ter de passar por criaturas
enigmáticas para chegar ao bosque. Mas enfim, também não me interessa saber,
porque não o irei jogar, por isso. Mas não estou a menosprezar o jogo. Quem
tiver interesse, que o jogue.
Gears 5
Com um
trailer que não mostrou muito daquilo que iria ser o jogo (muito provavelmente
porque já o tinham feito em 2018), Rod Fergusson, Studio Head, mostrou todas as
novidades pré e pós chegada de Gears 5, incluído o modo Escape, que teve uma
apresentação especial. E como se já não houvessem novidades que chegassem, Rod
disse, para aqueles que já tinham o jogo reservado, que ganhariam o pack de
personagem do Exterminador. Ok, aqui devo dizer que até gostei do que foi
apresentado. Não sou um amante deste tipo de jogo que nos põe a matar tudo o
que é bicho, mas verdade seja dita que a apresentação deste jogo angariou mais
algumas pessoas a aderir à febre do Gears of War. Como muitos outros jogos já
apresentados, este também não tem nenhum reparo muito grande, relativamente aos
gráficos. Parece-me estar tudo possível para que o jogador tenha uma
experiência de jogo boa. Se calhar, melhor que Gears 4. Desenvolvido pela The
Coalition, o jogo chega às mãos de todo o mundo a 10 de setembro, mas atenção,
só para aqueles que têm Xbox.
Dying Light 2
Não querendo
ofender os amantes deste tipo de jogo, mas, mais um jogo com zombies? Já não
chegam? O trailer deste jogo mostrou-me que aqui as leis da física não atuam em
certos pontos, e ainda há muitos reparos a nível de gráficos a fazer. Se gostam
deste tipo de jogos, estejam à vontade para o jogar. Não se sintam impedidos
por mim. Só digo que zombies já está fora de moda.
Forza Horizon 4
Bem, do jogo
em si não vou falar, e também não me vou alongar muito neste jogo. Apenas
referir que a inclusão da marca LEGO ao mundo Forza Horizon me parece
engraçado, e até me atrevo a dizer que foi uma excelente ideia. Se o gameplay
for tão divertido quanto pareceu no trailer, então aqui a Playground Games
acertou em cheio.
State of Decay 2
Mais um jogo
que não me atrai, e mesmo que esta expansão (Heartland) quisesse, continuava a
não me chamar para o jogo. Não gosto do género, nem dos gráficos. Penso que se
o jogo tivesse gráficos melhores, poderia ser melhor aproveitado, para mim. A
Xbox parece que deixou as expansões para o final, mas a verdade é que se a
expansão da LEGO no Forza me atraiu, esta nem por isso.
Crossfire X
Com a
novidade de este jogo chegar primeiro à Xbox, devo dizer-vos que (e olhem que
eu não gosto muito de jogos de tiro, porque basicamente não tenho pontaria),
seria capaz de comprar este jogo. O trailer está muito bom, e tem uma carga
pesada, o que me leva a querer que este jogo não vai ser um conto de fadas para
os jogadores. De gráficos, o jogo mostra-se muito bom, e a qualidade,
comparando com outro jogo apresentado aqui, está no mesmo nível de Cyberpunk
2077. Agora, ao escrever este artigo, fiquei com vontade de o jogar. Smilegate,
estão de parabéns. Mas quem o quiser jogar, só para 2020.
Tales of Arise
Mais um jogo
que a Bandai apresentou nesta conferência, e apesar de DragonBall ser o que é,
e eu não ser de todo um admirador deste tipo de jogos (típico japonês), eu
fiquei deslumbrado com o que o trailer conseguiu mostrar. Só tem é alguns
problemas: os gráficos são iguais aos milhares de jogos feitos por empresas
asiáticas, já para não falar que tem o clichê de ter vilões gigantes (gigantes
mesmo). Mas, para os fãs deste género, sim, é um jogo capaz de mostrar que
consegue ter uma história (aí, os jogos asiáticos têm um ponto a favor, que
muitos outros jogos de empresas americanas). Não tem data de lançamento fixa,
apenas é sabido que os jogadores terão de esperar por 2020.
Borderlands 3
Mais um
Borderlands que não deixa os fãs ficar mal. Com aquela diferença da tipologia
de gráficos (parecendo um desenho animado), o jogo será, basicamente, mais do
mesmo. Quem gostou dos outros dois, certamente vai gostar deste também. Para
mim, e como eu sou muito esquisito, não irei jogar este jogo, porque se me
queixei à pouco que os zombies eram coisa do passado, os jogos de tiro também o
são. Mas isto é só a minha opinião. Mas bem, não terão de esperar muito para
jogar este jogo, porque a 13 de setembro deste ano, poderão ter este jogo nas
vossas mãos para o jogarem.
Elden Ring
Parece que a
conferência estava contra mim, em dar jogos que eu não me vou dar ao trabalho
de jogar. Elden Ring é mais um jogo que, para mim, também é o do costume. Os
gráficos do trailer deixaram-me de boca aberta, com um detalhe espetacular
(atenção, este jogo é da Bandai, e podem ver o tipo de gráficos que costumam
usar, que nada têm a ver com os deste jogo). Só vos digo mais que George R. R.
Martin, escritor dos livros Song of Ice and Fire, que basearam a série Game of
Thrones, está presente no worldbuilding deste jogo. De resto, para quem gostar,
parabéns.
Phill
Spencer, depois, falou do projeto xCloud e do Project Scarlett, a nova consola Xbox, antes do jogo que todos estavam à espera, que
será lançado ao mesmo tempo que a consola.
Halo Infinite
Claro que a
Xbox tinha de fechar a sua conferência em grande e mostrar algo que os fãs
estavam à espera e há muito. Halo Infinite ainda não tem gameplay lançado, mas
o trailer está espetacular e mostra muito bem uma franquia bem construída.
Claro que o nível cinematográfico do trailer ajuda a que o jogo seja melhor
visto. Gráficos, como já referi, espetaculares, e uma história que me parece
ser, também, muito boa. Nem sei mais o que dizer sobre o jogo, porque o êxtase
não me deixa ser direto agora.
Como sempre
a Xbox não desiludiu com uma conferência que mostrou inúmeras coisas, como
puderam ver pelo tamanho do artigo. Também a achei uma das melhores pela falta
da Sony nesta E3, que deixou um vazio para os fãs de jogos. Mas bem, pelo menos
não foi uma porcaria como a da EA.
André
Ferreira 04/07/2019
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