FPF e LPFP a coragem na cobardia
Efim, durante muito, eu pensei se
devia ou não trazer este tema, no entanto, parece que a Federação Portuguesa de
Futebol (FPF) e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) têm vindo a
fazer asneiras de propósito, para que este texto acontecesse, por isso pronto, aqui vai.
Têm sido diversos os casos que me
têm irritado. São exemplos, as multas com valores estupidamente baixos para
treinadores/elementos dos três grandes, em comparação com o caso do Casa Pia (que apenas por um treinador não certificado ter dado instruções para dentro de
campo, levou uma punição bastante musculada; no entanto, recentemente, estes
organismos voltaram a pôr a pata na poça, por causa do Académico de Viseu, que
pode ver a sua licença de participação em competições profissionais suspensa, devido a
falsas declarações prestadas à Liga, em questões financeiras. Este caso que
remota a 2018, ao que parece, viola o artigo 92º do regulamento da LFPF, sendo
que o clube pode ser suspenso da prática de futebol profissional entre 6 a 8
épocas (para perceberem o caso com mais pormenores vejam aqui https://observador.pt/2019/07/03/academico-de-viseu-incorre-em-exclusao-da-ii-liga-por-falsas-declaracoes/))
E qual o problema disto?
É que parece que os organismos responsáveis
pelo futebol português estão mais preocupados com mentiras, casos menores e com
tudo, menos com aquilo que tem realmente envenenado o futebol nacional, que é o
discurso de ódio que tem sido proferido constantemente pelos responsáveis dos
clubes. Não vou apontar o dedo a ninguém pois todos os clubes, nomeadamente os
três grandes, têm contribuído para isso. Sim amigos, eu admito que o meu Benfica
também o faz, mas isso tem que mudar.
O futebol é paixão, é alegria, é
união, é amizade, não é estupidez, nem ódio, nem rivalidade desmedida. E o pior
é que me parece que a FPF e a LPFP não sabem disso, pois parece que têm medo de
fazer o que deve ser feito para emendar isto, porque vai atacar os três
grandes e isso vai prejudicar os ganhos financeiros da competição. Ou talvez,
tenham medo de se tornarem impopulares por decisões contra os grandes, mas
tenho uma noticias para vocês amigos da FPF e da LPFP, já são impopulares.
Mas o que pode ser feito para
resolver isso?
É fácil, basta que, quando houver
discurso de ódio ou o comportamento que reflita isso, expulsar essa pessoa do
futebol nacional.
A desculpa que tem sido usada
ultimamente é que são os clubes que fazem as regras,. O problema é que a FPF
muitas vezes diz que é a instituição máxima do futebol em Portugal, então tem
que agir como tal, tomar uma decisão.
O problema é que nenhum dos
responsáveis pelo futebol do nosso país parece estar preocupado com isso, o que
me preocupa bastante.
Os mais velhos de idade e os mais
entendidos de futebol, irão certamente lembrar-se das tragédias de Hillsborough
e a de Heysel (quem não conhece que faça uma pequena pesquisa que vai encontrar
bastante sobre as duas tragédias). Eu aproveitei para recordar estas
tragédias porque a mim, infelizmente, parece que o futebol em Portugal
caminha a passos largos para se criar um
ambiente propício para que este tipo de tragédia aconteça.
Sim, eu sei, que esta visão é
muito pessimista, mas, infelizmente, parece-me ser o futuro do futebol nacional.
E nestes casos, eu acho que temos que olhar para a realidade e perceber que a
realidade do futebol nacional é de um ambiente tóxico e violento, que parece não
ter fim. Por isso, eu aproveito para apelar à FPF e à LPFP para se deixarem de
tretas, e ganharem “tomates” e que comecem a agir, porque se uma tragédia como as
de cima mencionadas acontecer, primeiro, todos (fãs de futebol) teremos sangue
nas mãos, em segundo os dirigentes dos clubes e em terceiro os maiores
responsáveis serão aqueles que têm como responsabilidade decidir e impedir que
isto aconteça.
Por isso amigos, deixem-se de
ódios, deixem-se de insultos e sigam aquilo que o treinador do SLB disse e comecem
a elogiar os adversários nas suas vitórias, pois temos que ser nós a mudar o
estado do futebol português, pois está visto são a cobardia e a incompetência que comandam a FPF e a LPFP.
Francisco Gomes 03/07/2019
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