Avançar para o conteúdo principal

MC Gui, quando a estupidez publica.


MC Gui, quando a estupidez publica.

Atenção: este artigo contém linguagem forte e pode ofender os mais sensíveis

Hoje, vou-vos falar de uma polémica com sotaque brasileiro. E surpresa, desta vez, Bolsonaro não fez nada, quer dizer, não fez nada que tenha que ver com este tema em específico.

O tema que vos vou falar aconteceu no inicio desta semana, quando o “artista” (chamemos-lhe assim para facilidade de raciocínio) MC Gui publicou um vídeo nas suas redes sociais, onde ele e o grupo onde se encontrava, surgem a rirem-se de uma criança que se encontra visivelmente incomodada enquanto é gravada propositalmente, pelo funkeiro. O vídeo foi gravado, num autocarro de um dos parques da Disney, e a vítima deste ataque é Jully, uma criança, que segundo tem sido avançado por alguns órgãos de comunicação social sofre de doença oncológica. E devido aos tratamentos da doença acabou por perder o cabelo e por isso neste caso usava uma peruca e um vestido roxo, que e devido também a algumas parecenças físicas da jovem, fazia lembra a pequena “Bo” Monstros e Companhia.

A escarreta (desculpem escarretas) social do MC Gui já pediu desculpas publicamente dizendo que estava arrependido, que tinha sido um erro e que cada um tinha o direito de se fantasiar como quiser, e etc.. O pai e a mãe do MC já vieram a publico defender o menino o primeiro disse inclusive que ele estava a sofrer com tudo o que se estava a passar, imagine-se então a pequena Jully…ah pois é, que idiotice a minha ele estava a falar do castigo financeiro que o seu filho está a levar, uma vez que, já perdeu concertos e patrocínios e coisas dessas, e sabem que mais eu acho isso muito justo.

Para alguém que esteja a pensar que eu estou a ser incoerente com o que eu tenho defendido aqui, sobre liberdade de expressão lamento vos dizer, mas estão enganados; este não é um caso de alguém que diz algo fora do contexto, ou que disse uma piada e lhe saiu mal, este caso é uma poia (não te ofendas poia) social que decide fazer bullying com uma criança, simplesmente porque acho divertido.

Este caso prova algo que eu já venho a sentir `algum tempo, nós (enquanto sociedade) estamos a criar abortos sociais e este monte de esterco (peço desculpa ao esterco) é o exemplo disso, quando alguém expõe uma criança doente na internet e ao a humilhar, incentiva quem o segue a fazer o mesmo  essa pessoa deve ser retirada de uma sociedade avançada de século XIX, porque se nem uma criança ele consegue respeitar, é porque é, por e simplesmente uma pessoa de bosta (não te ofendas bosta) . E também sem educação algo que tendo em conta as declarações dos seus pais não me admira que ele tenha sido educado assim, alegadamente falando, talvez.

Para concluir eu podia manda-lo para um, certo sitio, mas não me vou esforçar para o fazer.

Quanto à pequena Jully espero e acredito que vai superar isto porque a verdade é que estamos todos com ela e penso que posso falar também em nome do André e da Joana, quando digo que podes contar connosco para te defender contra seres como este que apareçam, nós não vamos, nem podemos deixar que um “ser” como este deite abaixo uma princesa como tu.


P.S.: Já agora se por acaso algum fã do MC Gui leu, este artigo e sentiu-se ofendido, não quero saber. E acho graça também, que alguém que faz bullying com uma criança e que nos faz atentados à saúde mental e física com os ruídos a que ele chama música, diga que nós seres de bem (quem está contra ele) é chato e são os tóxicos da internet, enfim gente de bosta uma vez, gente de bosta sempre (desculpa bosta pela comparação com o MC Gui)

Francisco Gomes-                          25/10/19

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Palavra

A Palavra Antes de começar, deixem-me dizer-vos que estou a escrever este texto não porque aconteceu algo de importante que me tenha levado a escrever este artigo, mas sim porque cada vez mais noto a forma como é que a palavra (ou neste caso a falta dela) estão a influenciar tudo e todos. Para não começar já a disparar para todos os lados, e como todos devem perceber (alguns lembrar-se) antigamente a palavra era tudo. Era o que ditava o que iria acontecer (num determinado produto, ou num negócio, ou até mesmo numa simples confissão). Não sei a razão certa para isso acontecer, mas como não havia algo mais a que as pessoas se pudessem agarrar caso alguma coisa corresse mal, as pessoas acreditavam na palavra. Hoje, isso é algo que já não existe. Os “negócios” são feitos já com dinheiro, as confissões quase que não interessam (e aqui não me refiro só às da Igreja). A palavra já não conta para nada. As promessas são outra coisa que já não interessam. Uma pessoa hoje diz uma coi...

Casal da Treta: De chorar a rir

Casal da Treta: De chorar a rir Hoje vou fazer a analise de uma coisa diferente daquilo que é o habitual, isto é, de uma peça de teatro. E como podem ver pelo título, essa peça será o Casal da Treta protagonizada por Ana Bola e José Pedro Gomes. Esta peça surge como complemento da trilogia iniciada com a peça, a serie, o livro e o filme “Conversa da Treta”, se bem que o filme chamava-se “Filme da Treta”, mas isso agora não interessa. Em “Conversa da Treta” José Pedro Gomes protagonizava o seu eterno Zézé e era acompanhado por Toni interpretado pelo saudoso António Feio. A segunda peça desta trilogia foi Filho da Treta em que José Pedro, mais uma vez como, Zézé regressava, mas desta vez acompanhado por António Machado, que fazia de Júnior, filho de Toni. Mas agora, e passando ao que me trouxe aqui, desta vez José Pedro Gomes, regressa com o seu icónico Zézé e desta vez vem, como disse em cima, acompanhado por Ana Bola que faz de sua mulher chamada de Détinha . Antes ...

Tecnologias: o Flagelo da Humanidade

Tecnologias: o Flagelo da Humanidade  Vivemos num mundo onde as novas tecnologias controlam (quase) por completo as nossas vidas. Este texto é uma espécie de chamada de atenção para um problema, se assim lhe quiserem chamar, que está a afetar-nos a todos.  A verdade é que diariamente consumimos, e deixamo-nos ser consumidos, pelos aparelhos tecnológicos que nos rodeiam. Smartphones, tablets, computadores e afins. Parece que já não conseguimos fazer nada sem eles. Se não tivermos acesso à internet por meia hora que seja, parece que a nossa vida acaba. Deixamos de estar a par de todas as novidades, de falar com quem queremos, de aceder às redes sociais. No meio de tudo isto, parece que nos esquecemos do essencial: a comunicação não virtual, chamemos-lhe assim. A capacidade de nos desligarmos de todas as tecnologias e tomar atenção à realidade. Comunicar com os pares, observar, ouvir, sentir. Falo por mim, olho à minha volta e vejo que há escassez de tudo isso. Eu próp...

Ouro sem apoio

Ouro sem apoio Já terminaram os Jogos Europeus, disputados em Minsk. A competição, que teve início no dia 21 de junho, terminou com Portugal a ter uma melhor prestação que nos Jogos anteriores, de 2015. Nesta competição, de 2019, Portugal conseguiu ganhar 15 medalhas, no total, superando as 10 ganhas em 2015. A seleção de futebol de praia portuguesa, Fu Yu e Carlos Nascimento ganharam, então, as 3 medalhas de ouro, respetivamente, no futebol de praia, singulares femininos de ténis de mesa e 100 metros do atletismo. A equipa de Judo, composta por Telma Monteiro, Rochele Nunes, Jorge Fernandes, Anri Egutidze, Bárbara Timo e Jorge Fonseca, o ciclista Nelson Oliveira, as ginastas acrobáticas, Bárbara Sequeira, Francisca Maia e Francisca Sampaio Maia, e o canoísta, Fernando Pimenta ganharam as 6 medalhas de prata, no Judo por equipas mistas, no contrarrelógio, nas provas de combinado e de exercício dinâmico e no K1 1000 e K1 5000, respetivamente. As 6 medalhas de bronze foram ganh...

Frozen 2: o continuar de um legado

Frozen 2: o continuar de um legado O segundo capítulo, da animação baseada no livro a Rainha da Neve escrito pelo autor dinamarquês Hans Christian Andersen (que aliás entra numa   das piadas do filme), chegou aos cinemas e tal como o seu antecessor, veio já estabelecer recordes, sendo a maior estreia, de uma animação em bilhetaria, e deverá consolidar ainda mais esta posição, tendo em conta que ainda não estreou em alguns países, por exemplo o Brasil, onde só chega a 1 de janeiro de 2020. Mas bem, hoje não vou falar dos resultados económicos, mas sim, da minha opinião sobre o filme, por isso aqui vamos: Atenção esta análise estará livre de spoilers. <E> será relativa à versão em português do filme. Mas antes de passar à análise é importante fazer a sinopse do filme: Anna, Elsa, Kristoff, Olaf and Sven, deixam Arandelle e partem para uma floresta mágica milenar, onde tentam encontrar a resposta para o porquê dos poderes de Elsa. Agora passando à animação,...