Poema de autoria própria
Dor Imutável
Dor que vais e voltas, sempre sem saber
Dita o destino a tua aparência
Por mais que deseje não te ter
Tormentas com afinco a minha existência
É verdade já não te estranho quando te sinto
Torna-se até cruelmente previsível a tua chegada
Ora sinto-me bem e afortunado
Ora sinto-me mal e acabado
Minha amiga como tu me segues
Sem nunca me largar
Rezo pela chegada do dia
Em que te veja a abandonar
Olhos tudo vêem, mas nada sentem
Triste ironia, a vossa visão
Que observam o mais ínfimo detalhe
Mas não conseguem proteger um massacrado coração
Começo mesmo a pensar
Se não será um castigo eterno
Por mais que tente evitar
Atribuo-te um valor paterno
Podemos nos tentar convencer
De algo que não é real
Mas palavras não são sentimentos
E percebemos isso de um modo brutal
Tentar esquecer, é o que acredito
Ser o melhor a fazer
Para não prolongar este estado de amargura
Que me tem feito ceder
Fácil certamente não será
Com tantas questões ainda por responder
Só espero que esta incerteza acabe
E que me ajude a renascer
Tiago Queirós 22/05/2018
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