Crónica
Humorística
A (des)musicalização da Eurovisão
Conforme o tempo vai passando,
parece que se andam a esquecer do objetivo da Eurovisão, sendo ele congratular
e promover boa música. Contestação, estupefação e revolta, foram alguns dos
sentimentos vivenciados após este acontecimento que marcou o dia 12 de maio de
2018.
A música vencedora e interpretada
por Netta, denomina-se por “Toy”, mas infelizmente para nós lusitanos, os
países europeus não ficaram "estupidamente apaixonados" pela música portuguesa,
“O jardim”, da autoria de Cláudia Pascoal e Isaura.
Depois da gloriosa vitória de
Salvador Sobral com uns incríveis 758 pontos na Eurovisão de 2017, foi
realmente chocante, mas também irónico, conseguirmos alcançar novamente o
primeiro lugar, embora desta vez, a contar dos últimos.
Algo que pode originar uma discussão
relativa à utilidade deste concurso, que já existe desde 1954, é além disso, o
facto de termos sido derrotados por uma música, se é que lhe podemos chamar
isso, que mais parece uma dança de acasalamento entre duas galinhas.
O conceito de música, anda cada vez
mais incerto, levando-nos a depararmo-nos atualmente com atrocidades audíveis,
que nos levam a repensar a sanidade de certos indivíduos, nada que já não nos
estejamos a habituar com a mudança dos tempos. Mas será que esta mudança de
tempos está a beneficiar a música e as artes em geral?
Sinceramente, considero que esta
evolução temporal, traz com ela variadas desvantagens. Até porque o festival da
Eurovisão parece que se anda a focar nas atuações e músicas mais excêntricas,
em vez do núcleo conceptual que está na base do mesmo. Face às características
anteriormente mencionadas, a boa e genuína música acaba muitas vezes, por ser
ignorada.
Após tomar conhecimento
do estilo coreográfico desta canção, que se assemelha de um modo literal ao
bater de asas de uma ave, sujeito-me ainda a dizer, que esta vitória de Israel
foi canja!
Tiago Queirós 16/05/2018
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