Avançar para o conteúdo principal

"Que se f*da o Wolverine"

"Que se f*da o Wolverine"

Deadpool 2 chegou às salas de cinema com o peso criado pelo o filme antecessor, e quando toda a gente esperava que o filme fosse melhor, a base não avançou e a premissa baseou-se no primeiro filme. Não estou a dizer que o filme foi mau, eu adorei o filme, e, para mim, é um dos melhores filmes do ano (e o melhor do mês de maio), no entanto, o filme devia ter dado aquele ‘click’, para se ter tornado diferente do primeiro.

E o filme só foi diferente do primeiro em relação às piadas, e claro, à história base. O que eu quero dizer é que, em relação às piadas, enquanto que o primeiro se baseou em piadas, maioritariamente, relacionadas com órgãos genitais (mas não só), o segundo teve mais leveza, ao fazer piadas relacionadas com outro tipo de coisas, as chamadas referências. Referências essas, principalmente ligadas ao cinema. E são este tipo de referências que os fãs ligados à sétima arte vão perceber, referências que vão desde os filmes da era de ouro do cinema, até aos filmes mais recentes, como por exemplo, e como visto no trailer, a piadinha relacionada com a escuridão dos filmes da DC. E para além destas referências, diria, engraçadas, as piadas feitas ao longo do filme também têm a sua qualidade.

Passando um pouco para o filme no geral, Deadpool 2 mostra que o mercenário tagarela se está a f*der para tudo e todos, como no primeiro, mas quando ele precisa de ser um herói, ele tenta fazer tudo ao seu alcance para conseguir salvar quem o rodeia. A sua história não é confusa, pecando em alguns momentos (como qualquer filme), e as cenas violentas presentes são só amenizadas pelo bom humor das cenas. A personalidade de Deadpool mostra que o anti-herói é um maluco do caraças e as amizades com os membros dos X-Men são importantes, até mesmo para um personagem como Deadpool.

Relativamente aos outros personagens, os já repetentes no filme Colossus, Negasonic Teenage Warhead, Vanessa, Dopinder, e mais alguns, voltam a ter participação, desta vez com mais destaque (principalmente o último). No entanto, os “estreantes” Cable e Dominó, conseguem roubar o centro das atenções quando estão em cena, mostrando que os atores que os interpretam são muito bons. Tal como Reynolds.

A personalidade do ator principal, Ryan Reynolds, ao interpretar o personagem Deadpool, também tomou conta do filme, e a sua ligação ao personagem ajudou a que o filme chegasse às salas de cinema e que este fosse um estrondo de filme. O ator que já mostrou diversas vezes estar a “marimbar-se” para tudo e todos (como Deadpool, talvez daí a ligação), suou e trabalhou para que o segundo filme do personagem saísse do papel. Por isso, os fãs deveriam agradecer, em parte, ao ator por ter sido incansável (como Deadpool), para trazer o filme à vida.

Um filme cheio de ação, e cenas divertidíssimas (e um banho de sangue para os olhos nalgumas) Deadpool 2 mostrou que ninguém escapa à mira e à imortalidade de Deadpool, e pode ter deixado a porta aberta para diversas outras histórias. Não sabemos se vão sair do papel, devido ao acordo Disney-Fox, mas a verdade é que quando os direitos dos personagens voltarem para a Marvel (espero que isso aconteça), espero que a Casa das Ideias saiba continuar a aproveitar bem, este e outros personagens ligados ao mundo dos mutantes, sem tirar a sua essência (como faz sempre) a nenhum. E quem sabe se não veremos Deadpool junto dos outros mutantes, ou até mesmo, se não o veremos a ele ou à equipa X-Men a atuar junto dos Vingadores, numa das suas aventuras.


Spoiler Alert

Como Deadpool manda f*der o Wolverine (logo na cena de abertura, pelo roubo de identidade cinematográfica: um filme para maiores de 16 anos), eu acho que posso dizer que Deadpool 2 f*deu com a mente e o estado de espírito de toda a gente que viu o filme.

E aconselho vivamente a ver o filme. Não se vão arrepender.

Resultado de imagem para deadpool 2

André Ferreira                                  25/05/2018

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Palavra

A Palavra Antes de começar, deixem-me dizer-vos que estou a escrever este texto não porque aconteceu algo de importante que me tenha levado a escrever este artigo, mas sim porque cada vez mais noto a forma como é que a palavra (ou neste caso a falta dela) estão a influenciar tudo e todos. Para não começar já a disparar para todos os lados, e como todos devem perceber (alguns lembrar-se) antigamente a palavra era tudo. Era o que ditava o que iria acontecer (num determinado produto, ou num negócio, ou até mesmo numa simples confissão). Não sei a razão certa para isso acontecer, mas como não havia algo mais a que as pessoas se pudessem agarrar caso alguma coisa corresse mal, as pessoas acreditavam na palavra. Hoje, isso é algo que já não existe. Os “negócios” são feitos já com dinheiro, as confissões quase que não interessam (e aqui não me refiro só às da Igreja). A palavra já não conta para nada. As promessas são outra coisa que já não interessam. Uma pessoa hoje diz uma coi...

Casal da Treta: De chorar a rir

Casal da Treta: De chorar a rir Hoje vou fazer a analise de uma coisa diferente daquilo que é o habitual, isto é, de uma peça de teatro. E como podem ver pelo título, essa peça será o Casal da Treta protagonizada por Ana Bola e José Pedro Gomes. Esta peça surge como complemento da trilogia iniciada com a peça, a serie, o livro e o filme “Conversa da Treta”, se bem que o filme chamava-se “Filme da Treta”, mas isso agora não interessa. Em “Conversa da Treta” José Pedro Gomes protagonizava o seu eterno Zézé e era acompanhado por Toni interpretado pelo saudoso António Feio. A segunda peça desta trilogia foi Filho da Treta em que José Pedro, mais uma vez como, Zézé regressava, mas desta vez acompanhado por António Machado, que fazia de Júnior, filho de Toni. Mas agora, e passando ao que me trouxe aqui, desta vez José Pedro Gomes, regressa com o seu icónico Zézé e desta vez vem, como disse em cima, acompanhado por Ana Bola que faz de sua mulher chamada de Détinha . Antes ...

Tecnologias: o Flagelo da Humanidade

Tecnologias: o Flagelo da Humanidade  Vivemos num mundo onde as novas tecnologias controlam (quase) por completo as nossas vidas. Este texto é uma espécie de chamada de atenção para um problema, se assim lhe quiserem chamar, que está a afetar-nos a todos.  A verdade é que diariamente consumimos, e deixamo-nos ser consumidos, pelos aparelhos tecnológicos que nos rodeiam. Smartphones, tablets, computadores e afins. Parece que já não conseguimos fazer nada sem eles. Se não tivermos acesso à internet por meia hora que seja, parece que a nossa vida acaba. Deixamos de estar a par de todas as novidades, de falar com quem queremos, de aceder às redes sociais. No meio de tudo isto, parece que nos esquecemos do essencial: a comunicação não virtual, chamemos-lhe assim. A capacidade de nos desligarmos de todas as tecnologias e tomar atenção à realidade. Comunicar com os pares, observar, ouvir, sentir. Falo por mim, olho à minha volta e vejo que há escassez de tudo isso. Eu próp...

FPF e LPFP a coragem na cobardia

FPF e LPFP a coragem na cobardia Efim, durante muito, eu pensei se devia ou não trazer este tema, no entanto, parece que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) têm vindo a fazer asneiras de propósito, para que este texto acontecesse, por isso pronto, aqui vai. Têm sido diversos os casos que me têm irritado. São exemplos, as multas com valores estupidamente baixos para treinadores/elementos dos três grandes, em comparação com o caso do Casa Pia (que apenas por um treinador não certificado ter dado instruções para dentro de campo, levou uma punição bastante musculada; no entanto, recentemente, estes organismos voltaram a pôr a pata na poça, por causa do Académico de Viseu, que pode ver a sua licença de participação em competições profissionais suspensa, devido a falsas declarações prestadas à Liga, em questões financeiras. Este caso que remota a 2018, ao que parece, viola o artigo 92º do regulamento da LFPF, sendo que o clube p...

Ouro sem apoio

Ouro sem apoio Já terminaram os Jogos Europeus, disputados em Minsk. A competição, que teve início no dia 21 de junho, terminou com Portugal a ter uma melhor prestação que nos Jogos anteriores, de 2015. Nesta competição, de 2019, Portugal conseguiu ganhar 15 medalhas, no total, superando as 10 ganhas em 2015. A seleção de futebol de praia portuguesa, Fu Yu e Carlos Nascimento ganharam, então, as 3 medalhas de ouro, respetivamente, no futebol de praia, singulares femininos de ténis de mesa e 100 metros do atletismo. A equipa de Judo, composta por Telma Monteiro, Rochele Nunes, Jorge Fernandes, Anri Egutidze, Bárbara Timo e Jorge Fonseca, o ciclista Nelson Oliveira, as ginastas acrobáticas, Bárbara Sequeira, Francisca Maia e Francisca Sampaio Maia, e o canoísta, Fernando Pimenta ganharam as 6 medalhas de prata, no Judo por equipas mistas, no contrarrelógio, nas provas de combinado e de exercício dinâmico e no K1 1000 e K1 5000, respetivamente. As 6 medalhas de bronze foram ganh...