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Grécia em Chamas - O fim do paraíso


Grécia em Chamas - O fim do paraíso

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Fig.1- Devastação em Atenas

Foi declarado estado de emergência na Grécia após a deflagração de diversos incêndios no passado dia 23 de julho de 2018, até à data estão confirmadas 85 vítimas mortais e o número de feridos é crescente, sendo que alguns estão em estado crítico. Também o número de desparecidos é um dado alarmante.

Número crescente de vítimas mortais e feridos

Estão confirmados 187 feridos, dos quais 23 são crianças e 11 encontram-se em estado grave. Segundo a porta-voz da Brigada Nacional de Incêndio da Grécia, Stavroula Malliri, 71 adultos e 11 crianças estão a receber apoio médico nos hospitais locais.

Aproximadamente 715 pessoas, foram afastadas das chamas em segurança, a grande maioria da estância balnear de Mati.

Combate ao fogo

No combate aos fogos estão cerca de 500 bombeiros, espalhados pelo país, nas várias frentes. Os desaparecidos são procurados, por 130 indivíduos das forças armadas em cooperação com o Corpo de Bombeiros de Neos Voutzas, Mati e Rafina, estando os mesmos distribuídos por variados grupos de patrulha.

Algumas das vítimas mortais, perderam a vida ao afogarem-se, aquando da sua tentativa de fuga. Até ao momento não houve qualquer relato de portugueses entre as vítimas e desaparecidos.

Após terem sido descobertos na segunda feira, 24 corpos, esta terça feira, dia 24 de julho, a Cruz Vermelha apontou a descoberta de mais um grupo de 26 pessoas, que morreram abraçadas, na cidade de Mati.

Conforme as buscas vão progredindo, a guarda costeira grega, declarou que a mesma tinha encontrado 4 corpos da costa de Mati. Estima-se que na totalidade 696 pessoas tenham sido salvas por embarcações, após fugirem para a praia.

Com a intensificação e descontrolo das chamas, a Grécia viu-se obrigada a pedir ajuda internacional, com vista a tentar melhorar o combate ao fogo.

Durante a noite de transição para o dia 24 de julho, o combate continuou, mas com grande dificuldade, proveniente dos ventos fortes que se fizeram sentir. A violência das chamas, fez com que o governo grego disponibilizasse, uma verba de 20 milhões de euros, pertencentes ao Programa de Investimento Público, com o intuito de auxiliar de um modo imediato, todas as zonas mais afetadas pela catástrofe.

Na madrugada do dia 25 de julho, foram vistos camiões a chegar á zona afetada pelo fogo, com o objetivo de pilhar todos os bens deixados para trás pelas vítimas. A polícia reforçou a segurança e vigilância após a sucessão destes factos.


Fig.2- Fogo alcança a costa
Resposta ao apelo de ajuda internacional

Em resposta ao apelo de ajuda internacional, o porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos, anunciou que vários aviões de combate aos incêndios, seriam enviados de Espanha assim como voluntários do Chipre, chegando ao território grego, na terça, dia 24. Do mesmo modo, Portugal confirmou que enviaria uma equipa de 50 elementos da força especial de bombeiros, para ajudarem no combate.

Acredita-se que cerca de 500 casas e 200 veículos tenham sido engolidos pelas chamas, acabando muitas habitações e viaturas por ficarem totalmente abaladas, sem qualquer tipo de recuperação possível.

O paraíso que a aldeia  costeira de Mati representava no passado, não passa agora de um local completamente destruído, e repleto de cinza. Devido á vegetação circundante das residências locais, as mesmas não tiveram qualquer hipótese de escaparem á fúria do fogo.

Luto

Face a todo este caos, o primeiro ministro grego, Alexis Tsipras proclamou três dias de luto pelas vítimas dos incêndios que impactam a costa nordeste de Atenas, garantindo também á população, que todos serão ajudados.

Fig.3- Carros destruídos pela violência das chamas
 O que causou a tragédia?

Com vista a tentar descobrir os factos que estão por trás da origem de toda esta situação, o ministério público, iniciou as investigações pioneiras para determinar as causas, sendo reforçado por membros do governo, que as mesmas poderiam ser intencionais ou negligentes.

Revolta dos sobreviventes

As autoridades responsabilizadas pelo combate e salvamento das pessoas, foram ferozmente criticadas pelos locais, dizendo que as autoridades subestimaram o poder do fogo acabando por não destacarem o número de entidades necessárias, adicionando também que, as autoridades concentraram-se nos incêndios de Kineta.

De um modo semelhante ao que aconteceu na tragédia de Pedrógão Grande em Portugal, desorganização e má gerência das autoridades, foram apontadas como uma das principais causas das mortes.

Pode a previsão de chuvas, ser algo negativo?

Embora a previsão meteorológica de Atenas, indique que existe uma possibilidade de chover de 30%, nos próximos dias, tal fenómeno pode não ser algo positivo, visto que muita chuva poderá dificultar o combate, devido ao aumento do vento, assim como a instabilidade do mesmo.



Tiago Queirós    24/07/2018

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