Avançar para o conteúdo principal

Homem-Aranha: De Volta a Casa para Mais um Filme


Homem-Aranha: De Volta a Casa para Mais um Filme

Este título poderia ser o nome do próximo filme do Homem-Aranha na Marvel, mas para além de estar a mentir, não acredito que o Kevin Feige usasse um momento algo tenso para brincar. Mas, não é sobre o título do próximo filme do Homem-Aranha que me trouxe aqui, mas sim o seu retorno ao Universo Cinematográfico da Marvel (MCU em inglês). Sim, isto está uma bela salganhada, mas vocês no final terão a minha opinião sobre este tema (que se calhar nem precisava de fazer este artigo para vocês perceberem a minha posição).

Como eu referi num artigo anterior (Homem-Aranha, Longe da Marvel Studios), e resumindo muito o que eu disse lá, a Disney e a Sony não chegaram a nenhum acordo para a permanência do aracnídeo no MCU (volto a relembrar aqui que os direitos no cinema estão a 100% dentro da Sony). As duas partes separaram-se, e a desculpa da Sony foi a de que Kevin Feige, que era muito querido para participar na história do 3º filme, estava muito ocupado com as novas aquisições da Marvel provenientes da FOX. É claro que todos bem sabemos que não foi só esse o motivo. A falta de consideração de uma parte e a ganância da outra fizeram com que o suposto desfecho fosse eminente.

Mas, quando ninguém esperava por esta notícia, o Hollywood Reporter lançou um artigo (penso que apenas no online, e perdoem-me a minha ignorância sobre como funciona este jornal), na passada quarta feira, que dizia que Kevin Feige se iria juntar à franquia Star Wars para criar uma nova história (algo que muito gosto nos deu de referir, no nosso novo espaço, das “Curiosidades”, e também no espírito do homem, porque ao que parece o homem é fã de tudo). E foi aqui, que começaram a surgir as “más línguas”, que referiam: “Então, mas o Kevin Feige não tinha tempo para o Homem-Aranha e agora vai ter para o Star Wars?”. Em parte, concordo com o que vocês querem dizer. Não iria ser mais um personagem, apesar do seu vasto universo, que iria causar problemas à cabeça pensadora de Kevin Feige, e também, porque na realidade somos todos fãs da Marvel, e o que queremos é ver a família toda junta. Só que não nos podemos esquecer que a franquia Star Wars pertence à Lucasfilm, e a Lucasfilm, bem como a Marvel Studios, pertencem à Disney. Por isso se o Bob Iger quiser que os dois presidentes façam o pino e a seguir façam um salto à retaguarda, com 3 piruetas para a frente eles fazem porque é o Iger que lhes paga o salário.

Mas não querendo divagar, o conhecimento de que a reunião dos heróis das duas empresas (e não, não são as pessoas que assinaram os papéis. São mesmo as personagens fictícias) iria acontecer por mais, pelo menos, um filme, foi feita no dia a seguir. A mesma fonte anunciou que o 3º filme do Homem-Aranha de Tom Holland iria ser participado a 25% pela Disney (ganhando a mesma percentagem de lucros) e teria produção (participada, também) de Kevin Feige. Para além deste filme, o Amigo da Vizinhança poderá aparecer em mais um filme conjunto, que obviamente não sabemos qual é (e já sabermos que vai haver um terceiro e sabermos a data, já vamos com muita sorte). Claro que esta é uma excelente notícia para quem é fã deste mundo, e pelo menos, caso realmente venha a ser esse o desfecho, deixar a Marvel acabar de contar a sua história, e até mesmo ser ela a dizer como é que o Homem-Aranha sai do MCU (se calhar o presidente da Sony viu que pôs os pés pelas mãos e voltou atrás para que não borrasse algo que tinha sido construído com amor).

Não sei qual será o plano, propriamente dito, de Feige para mostrar o personagem na grande tela, num filme que não parecerá o último do personagem na Marvel, mas uma coisa que me deixou com a pulga atrás da orelha foi o que ele disse sobre os dois universos e o próprio Homem-Aranha do MCU: “Ele também é o único herói com o superpoder de atravessar universos cinematográficos, de modo que a Sony continua a desenvolver o seu próprio universo do Aranha, por isso, você nunca sabe que surpresas o futuro pode trazer”. Desta citação, que é oficial, não vejo que, mesmo que no terceiro filme acabe por se abrir um portal e com Peter Parker a entrar nele, haja problemas em que, mesmo acabando este acordo, daqui a uns anos (e após a Sony desenvolver o seu Aranhaverso) a Marvel não volte a poder usar o Homem-Aranha de Tom Holland (sim porque estas cabeças destas empresas grandes às vezes fazem uma coisa e veem que fizeram asneiras e depois não há volta a dar, não é FOX, Sony, DC. Quem? Quantos? Onde?).

Pode ser que isto tudo tenha sido uma campanha de marketing, e nem que eles continuem, mas que pelo menos tenhamos a certeza de que o Homem-Aranha continue no MCU, que é onde ele deve estar. Agora que a Marvel tem, finalmente, a hipótese de ter os seus heróis todos (pelo menos os grandes) juntos pela primeira vez no cinema, acho que Feige não deve deixar escapar este momento.

Deixo só uma nota informativa, visto que tem corrido o mundo, que é, caso a Sony seja comprada (ou deixe de fazer filmes por um período de tempo) os direitos voltam imediatamente à Marvel. Ronda que a Apple quer comprar a Sony, mas não acredito que isso vá acontecer tão cedo. Veremos. Mas só sei que o Homem-Aranha tem de permanecer no MCU.


André Ferreira                                30/09/2019

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Hora do mata-mata

A Hora do mata-mata Terminou esta semana a fase de grupos da Liga dos Campeões, uma das competições mais apaixonantes do desporto-rei. Para o futebol português foi uma fase positiva no sentido do futebol praticado, mas claramente negativa no apuramento e nos pontos conquistados. Fico muito satisfeito e dou parabéns ao FC Porto por ter sido a única equipa portuguesa que cumpriu a sua missão de passar aos oitavos de final da liga milionária, numa fase de grupos em que fez dois resultados absolutamente notáveis com o AS Mónaco e um com o Leipzig em casa e também jogos em que francamente cometeu erros e a equipa poderia ter feito mais, fora com os alemães e sobretudo nos dois confrontos com o Besiktas, mas no fim e com persistência: Objetivo cumprido. Porém há que admitir que terá de haver muita sorte para os dragões chegarem aos últimos oito emblemas a disputarem a competição, porque os possíveis adversários para a equipa de Sérgio Conceição são: Manchester United, PSG, Roma, ...

A Polícia do Politicamente Incorreto ( censura )

A polícia do politicamente correto (CENSURA) Olá a todos! É um privilégio ser o primeiro a escrever para este espaço. Agora vamos ao que verdadeiramente interessa. Esta nova modalidade que por aí anda, que pretende fazer com que todos tenhamos a mesma opinião sobre pena de incorrermos nesse horrível crime que é ter uma opinião própria. Caso alguém tenha a ousadia de se aventurar por esse caminho, é acusado de ser politicamente incorreto e o castigo para estes criminosos é um ataque acéfalo feito por todos os lados, ataques esses que vão desde: um simples “Cala-te pá” passando por insultos até culminarem, nessa coisa muito civilizada que são as ameaças de morte. Pois bem, mas quem faz parte dessa polícia são os “justice warriors” ou guerreiros da justiça. Que usam como seu quartel general/campo de batalha os espaços de comentário dessas redes sociais ou dos jornais. Estes “polícias” entendem por bem apenas quem diz aquilo que lhes parece bem usando um...

A Palavra

A Palavra Antes de começar, deixem-me dizer-vos que estou a escrever este texto não porque aconteceu algo de importante que me tenha levado a escrever este artigo, mas sim porque cada vez mais noto a forma como é que a palavra (ou neste caso a falta dela) estão a influenciar tudo e todos. Para não começar já a disparar para todos os lados, e como todos devem perceber (alguns lembrar-se) antigamente a palavra era tudo. Era o que ditava o que iria acontecer (num determinado produto, ou num negócio, ou até mesmo numa simples confissão). Não sei a razão certa para isso acontecer, mas como não havia algo mais a que as pessoas se pudessem agarrar caso alguma coisa corresse mal, as pessoas acreditavam na palavra. Hoje, isso é algo que já não existe. Os “negócios” são feitos já com dinheiro, as confissões quase que não interessam (e aqui não me refiro só às da Igreja). A palavra já não conta para nada. As promessas são outra coisa que já não interessam. Uma pessoa hoje diz uma coi...

Maria Vieira: Grunhisse ou Liberdade de Expressão?

Maria Vieira: Grunhisse ou Liberdade de Expressão? Bem, eu tentei manter-me afastado do tema Maria Vieira durante muito tempo, não por medo ou qualquer coisa que se pareça, mas sim porque não queria perder o meu tempo com quem não merecia, mas a Silly Season que atravessamos atirou-me este tema para a frente dos olhos e não há como escapar. Atenção ela não disse nada ultimamente de muito polémico apenas calhou em sorte, ou melhor, azar, pelo menos para mim, que fui obrigado a ler quilómetros de disenteria escrita que esta senhora alegadamente (já explico o uso desta palavra) publica no seu Facebook. Mas antes de irmos ao tema do texto propriamente dito, vou explicar-vos quem é Maria Vieira. Ela é uma atriz, comediante portuguesa, ficou famosa pelos seus papeis ao lado de Herman José nos programas deste, mas também pela hilariante dupla com Ana Bola. Sendo carinhosamente apelida de “Parrachita”. Tem ultimamente trabalhado em novelas brasileiras. “Quais?” perguntam vocês...

Tecnologias: o Flagelo da Humanidade

Tecnologias: o Flagelo da Humanidade  Vivemos num mundo onde as novas tecnologias controlam (quase) por completo as nossas vidas. Este texto é uma espécie de chamada de atenção para um problema, se assim lhe quiserem chamar, que está a afetar-nos a todos.  A verdade é que diariamente consumimos, e deixamo-nos ser consumidos, pelos aparelhos tecnológicos que nos rodeiam. Smartphones, tablets, computadores e afins. Parece que já não conseguimos fazer nada sem eles. Se não tivermos acesso à internet por meia hora que seja, parece que a nossa vida acaba. Deixamos de estar a par de todas as novidades, de falar com quem queremos, de aceder às redes sociais. No meio de tudo isto, parece que nos esquecemos do essencial: a comunicação não virtual, chamemos-lhe assim. A capacidade de nos desligarmos de todas as tecnologias e tomar atenção à realidade. Comunicar com os pares, observar, ouvir, sentir. Falo por mim, olho à minha volta e vejo que há escassez de tudo isso. Eu próp...